Guimarães passa a ter um Plano Estratégico para a Cultura 2032, alinhado com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e outras agendas e indicadores da Unesco.
Um plano elaborado em co-criação com os agentes culturais e outras pessoas. Foram 696, as que participaram nesse processo que tem a característica única de ser, até agora, o documento mais democrático que alguma vez se elaborou em Guimarães.
Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura, sublinhava, no final da reunião da Câmara em que se conheceu a versão zero, tratar-se de um documento que “reúne a missão e visão do Município sobre a cultura” e no seu processo de elaboração dispensou “a contratação de qualquer consultora”, e foi “elaborado fora dos gabinetes de Santa Clara”.
Destacando a ampla participação e envolvência dos homens e mulheres da cultura vimaranense, neste PEMC, Paulo Lopes Silva volta a defender a autonomização das actividades culturais, apontando “numa visão que rompe com a ideia de 2012”, acentuando a vertente “do acesso e da democracia e cidadania cultural”, que coloca os cidadãos no vértice da pirâmide.
Basicamente, o PEMC aponta na direcção de um eco-sistema de internacionalização, no impacto que as políticas culturais têm no desenvolvimento transversal do território, na democracia cultural com a proliferação do acesso pelos cidadãos.
Manuel Gama, professor da Universidade do Minho, que dirigiu o processo, acentuou “as mais valias” desta estratégia, aposta em aprofundar o Impacta – o programa municipal de financiamento de actividades culturais -, da criação do balcão de apoio à criação, da criação do concelho municipal da cultura, da necessidade de ter transportes que permitam o acesso aos equipamentos culturais. E destacando a importância do Quadrilátero Cultural que envolve os Municípios de Guimarães, Braga, Famalicão e Barcelos.
A apresentação antes da reunião da vereação, apenas justificou a intervenção de Ricardo Araújo, vereador do PSD, elogiando a metodologia da elaboração da estratégia cultural.
Considerou, nas suas notas “positivas” que o PEMC “é um trabalho de grande importância que deve ser reconhecido”, evidencia perspectivas de abertura transversal. E acentuou que “era de esperar que pudesse ter sido feito há mais tempo atrás”.
Agora, “é fundamental que seja executado e posto em prática, a bom ritmo, com as correcções que forem necessárias” – concluiu o vereador social-democrata.
Após esta primeira apresentação ao executivo municipal, o documento fica em consulta pública, hoje, 15 de Março até 14 de Abril, onde será disponibilizado uma página online para colher contributos. A apresentação pública, será no próximo dia 23 de Março, às 18h00, na Sociedade Martins Sarmento.
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