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Terça-feira, Dezembro 3, 2024

Município: plano de gestão de biorresíduos conhecido na reunião da Câmara

A recolha dos biorresíduos abrangerá todo o território concelhio em 2028. Até lá a gestão será feita por fases e percentagens da população.


Como vai a Câmara gerir os biorresíduos? É isso que consta de um plano de gestão, de 87 páginas, que contém a estratégia municipal para criar uma rede que garanta a recolha dos resíduos, alimentares (cascas de frutas e outros) e verdes (de jardins e parques).

O plano vai abranger na 1ª fase, 34% da população que vive em 12 freguesias: S. Paio, S. Sebastião, Oliveira do Castelo, Azurém, Mesão Frio, Costa, Creixomil, Urgezes, Fermentões, Ponte e Caldelas.

A área desta rede de resíduos vai sendo aumentada, de dois em dois anos, até atingir 100% da população de Guimarães, em 2028.

Os biorresíduos são uma componente da estratégia municipal de desenvolvimento sustentável e de resíduos urbanos. O plano de gestão implica um investimento de 828.195,90€, tem uma comparticipação do Fundo Ambiental (Ministério do Ambiente) de 500 mil euros pelo que a Câmara apenas disporá de 318.195,90€.

Com a separação dos biorresíduos, o Município vai criar uma recolha selectiva própria, visando a separação e reciclagem de resíduos, de origem doméstica ou comunitária.

Objectivamente, a gestão destes resíduos será feita por um processo de valorização e tratamento, que permite o uso do resíduo como matéria prima e evitando-se a sua deposição bruta em aterro, minimizando o seu impacto ambiental, derivando da aposta da União Europeia na economia circular.

Aliás, a recolha de biorresíduos, será obrigatória, no território europeu, a partir de 2023, pelo que Sofia Ferreira, vereadora do Ambiente, considerou “2021 o ano zero da sua aplicação em Guimarães”.

Esta nova recolha selectiva de resíduos com base nos produtos alimentares e decorrente de podas e limpezas de jardins e parques, vai obrigar a uma mudança de comportamentos e de paradigma na gestão da sua recolha, onde se aplicará o sistema PAYT até agora aplicado no centro histórico.

A Câmara espera diminuir a produção de biorresíduos na fonte, promover a compostagem (caseira ou comunitária). Para isso, e para esta nova forma de recolha do que nos resta do nosso dia-a-dia alimentar, pretende uma mobilização geral da restauração e hotelaria, do hospital, escolas, lares e residências e da população em geral.

A recolha dos biorresíduos, será feita porta-a-porta, pela deposição do lixo em sacos apropriados ou em pequenos contentores, sendo que os moloques estão adaptados para receber estas embalagens.

Recorde-se que, hoje, os resíduos urbanos são compostos por biorresíduos (36,42%), resíduos alimentares (10,50%), de jardins (5,49%) e de outros produtos (20,57%).

No regulamento para os biorresíduos que vai passar a estar em discussão pública, estão incluídas as taxas para este novo serviço. Representam 73,97 a 120€ por ano, ou seja de 6,20 a 10€ por alojamento. E, pela primeira vez, deixam de estar indexadas ao consumo de água mas ao número de sacos que são depositados por cada alojamento.

Nas projecções económicas, defende-se que este sistema possa começar a ser rentável a partir de 2027 e está escrito que estas taxas podem começar a ser reduzidas.

© 2021 Guimarães, agora!


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