O CDP (Carbon Disclosure Project) organização internacional sem fins lucrativos com sede no Reino Unido, Japão, Índia, China, Alemanha, Brasil e Estados Unidos da América que ajuda empresas, cidades, estados, regiões e autoridades públicas a divulgar seu impacto ambiental, publicou a sua nova ‘Lista A’.
Guimarães entra na actualização da chamada ‘A List’, hoje, divulgada, onde se evidenciam as medidas que vão sendo adoptadas por diversas entidades no âmbito da acção climática. E onde já estava em 2022.
Na actualização deste ranking entraram muitas cidades pela primeira vez, ou seja mais 47 que passaram a adoptar as normas da organização na sua acção de defesa do planeta. Por exemplo, alguns estados como a Indonésia, Turquia e Vietname também passaram a ter uma posição nesta lista, em 2023.
O CDP destaca que cada há vez mais entidades oriundas do Reino Unido, Brasil, Filipinas e Turquia a adoptarem medidas de combate aos efeitos das acções climáticas. Tal como aumenta o número de cidades que passam a figurar neste rol denominado por ‘119 A List’.
Publicar o plano de acção climática e o inventário das emissões em toda a cidade, fazem parte das obrigações das cidades que entram nesta lista, em que as entidades aparecem por ordem alfabética.
“Guimarães e as outras 118 cidades na Lista A deste ano demonstram, assim, que a acção climática urgente e com impacto – desde os objectivos ambiciosos de redução de emissões até à criação de mecanismos de resiliência contra as alterações climáticas – é viável a nível global e em cidades com diferentes realidades e prioridades climáticas” – salienta uma nota do Município.
O Município de Guimarães elenca, entretanto, as acções onde deixa clara a sua opção pelas medidas que visam combater os efeitos do clima sobre o território, nomeadamente o projecto RRRCICLO (economia circular), que permitiu a transformação de resíduos têxteis pós-consumo e resíduos de máscaras em objectos de uso quotidiano, nomeadamente cabides (5000), suportes de telemóvel (2000), sacos (800) e mantas (140), para distribuição a abrigos animais, diferentes associações de comerciantes locais, assim como instituições de ensino.
Outra medida a implementar, denomina-se ‘Guimarães Desporto Carbono Zero’ que irá envolver 55 clubes do concelho, e mais de sete mil atletas federados, das mais diversas modalidades, com o objectivo de garantir a neutralidade carbónica até 2030. É, ainda, o único representante nacional a participar no programa ‘Pilot Cities’, no qual 53 cidades europeias vão testar, ao longo de dois anos, abordagens inovadoras, em direcção à transição climática urbana.
Finalmente, Guimarães participa no projecto MUFPP (Milan Urban Food Policy Pact) reforçando o envolvimento do município no desenvolvimento de sistemas alimentares sustentáveis, inclusivos, resilientes, seguros e diversificados, que forneçam alimentos saudáveis e acessíveis a todas as pessoas, minimizando o desperdício e conservando a biodiversidade.
“A inclusão de Guimarães na Lista A de cidades do CDP enche-nos de orgulho, uma vez que reconhece a importância e o sucesso das estratégias adoptadas no concelho em relação às alterações climáticas”, refere Domingos Bragança, presidente do Município de Guimarães. E acrescenta: “o empenho político das cidades é fundamental para combater as alterações climáticas e construir um futuro verde”. “Esta acção tem, contudo, de ser mais profunda e rápida, exigindo, por isso, a cooperação de diferentes regiões e entidades para conseguirmos resultados a nível local, nacional e global”, concluiu o autarca.
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