O ex-guarda-redes do Vitória partiu, de forma silenciosa, cumprindo a sua etapa na Terra, porventura ainda no dia de Portugal…
O Neno era um campeão: da simpatia, da bondade, da simplicidade, da tranquilidade e da solidariedade. Tinha um sorriso que era uma espécie de cartão de cidadão, uma gargalhada enorme que o distinguia. Uma personalidade ímpar marcada por um humanismo que casava com todas as outras qualidades que ostentava enquanto ser humano.
Estes e outros atributos não o deixavam indiferente em Guimarães, uma outra terra que abraçou e, por ela, foi abraçado, primeiro pelo futebol, depois pela música. E por aqui foi ficando, sem que ninguém se preocupasse com a cor da sua pele e a sua origem num Portugal colonial mas também global. Nunca esqueceu – e cantou-o várias vezes – que “eu sou da cidade velha”, a terra onde nasceu lá em Cabo Verde.
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Neno ajudou a entrelaçar Guimarães e Cabo Verde e a sua terra natal – Ribeira Grande de Santiago, Ilha de Santiago, que, desde 24 de Junho de 2007, se tornaram cidades irmãs, na presidência de António Magalhães.
O ex-guarda-redes do Vitória tinha os seus sonhos e um deles era ser como Júlio Iglésias que adorava e imitava enquanto cantor e artista. E cujas músicas chegou a cantar ao seu jeito.
Como futebolista, Neno foi sempre um vitoriano de antes quebrar do que torcer, um guarda-redes que honrou e prestigiou o Vitória – é um dos heróis da Supertaça de 1988/89 – e daí que tenha prolongado o seu serviço ao Vitória para além de atleta. Passou a ser a sua figura e cartão de visita enquanto relações públicas, sempre dedicado e interessado no futebol.
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