Um Vitória irreconhecível foi adiando a consolidação do lugar europeu até à última jornada sempre à espera de um milagre que… não aconteceu!
O Vitória europeu que agarrou o 6º lugar durante muitas jornadas, desperdiçou todas as vantagens ao longo da segunda volta, desperdiçando pontos atrás de pontos.
Com o Benfica, na última jornada, repetiu os sinais que marcaram a prestação e rendimento da equipa nos últimos 17 jogos: cometeu erros defensivos, falhou oportunidades de golo, perdeu jogos em casa, somou mais derrotas e desperdiçou pontos.
A história do jogo com os encarnados tem assim os contornos do que foi a equipa na segunda volta. Uma cópia fiel de um Vitória que nunca teve um chefe em campo, mudou de treinador por quatro vezes, acrescentando mais problemas ao que já era a identidade da equipa.
Lembrar as oportunidades que podiam mudar o resultado do jogo apenas ficam como pequenas notas que não justificam nada, num resultado por 3-1 que marca bem como a equipa foi igual a si mesma, ou seja pouco pendular, intranquila, sem estilo de jogo, apática, pouco brilhante.
O que fica desta temporada são pedaços de instabilidade forte, que não dá sinais de abrandar, de jogadores que não se qualificaram pois a prestação no campeonato não foi de molde a projectá-los como aconteceu na época anterior.
E o Vitória abre fendas no seu futuro imediato, sujeitando-se a um populismo em crescendo, sem soluções de futuro, sem ideias, um clube que antecipa receitas, que vai ter de se livrar de jogadores em que se investiram milhões e que não renderão mais que uns míseros tostões.
Notas de um Vitória que perde estatuto europeu:
- André André deu a cara pelo plantel ao afirmar que “deitamos tudo a perder ao não atingirmos o lugar europeu, somos, também, culpados disso, deixando sempre para o fim, a consolidação de uma posição condizente com o estatuto do Vitória que deve lutar pelos lugares de cima”;
- Os erros defensivos repetiram-se em mais um jogo, o segundo golo de canto, é tirado a papel químico de outros, em que num canto, a bola vai de cabeça em cabeça até Seferovic marcar…;
- Como de costume, o Vitória teve, ao longo do jogo, várias caras, sofreu oscilações, jogou melhor apenas em alguns minutos da partida;
- A equipa, para além das entradas e saídas que as substituições permitem, evidenciou ser um limão espremido, muito cedo, não se conhecendo as potencialidades de todos os jogadores alguns dos quais deixam dúvidas se merecem ficar na equipa;
O Vitória jogou com: Trmal, Sacko, Jorge Fernandes, Mumin (André Amaro 68’), Sílvio (Ouattara 76’), André André (André Almeida 68’), Edwards, Pepelu, Rochinha (Bruno Duarte 61’), Ricardo Quaresma, Óscar Estupiñán (Lyle Foster 76’).
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