O PSD quer uma “unidade vimaranense política” para responder à crise da Covid-19 ao jeito do “Somos todos Guimarães” contra a pandemia.
Na carta aberta, dirigida ao presidente da Câmara Municipal de Guimarães, o presidente da comissão política do PSD local, lança um desafio a Domingos Bragança: “criarmos e corporizarmos, sem reservas, uma unidade vimaranense no combate à pandemia”.
Sem especificar mais, o que é esta unidade vimaranense política, Bruno Fernandes, apenas salienta que este desafio “é feito em espírito de incondicional serviço público, tendo um único propósito subjacente: o bem comum dos vimaranenses”.
Recordando que Guimarães faz parte dos 121 concelhos, a quem foram aplicadas medidas restritivas especiais, no novo Estado de Emergência, decretado a 31 de Outubro, o dirigente social-democrata, pede “sem demoras” que “o executivo municipal deve definir uma imediata estratégia de acção, com planeamento e critério, rejeitando soluções casuísticas ou que resultem apenas do pulsar efervescente da comunidade”.
“Pode continuar a contar com o nosso total e integral apoio, para tudo que tenha como fundamento combater as consequências deste vírus…”
E repete que “o PSD/Guimarães, sem hesitações, decidiu reiterar a posição assumida desde o início desta pandemia”, isto é, o presidente da Câmara “pode continuar a contar com o nosso total e integral apoio, para tudo que tenha como fundamento combater as consequências deste vírus”.
Bruno Fernandes reconhece que “num momento singular como este, a luta partidária perde relevância” e crê “impor-se”, uma “conduta única, face ao inimigo comum”, com o slogan “Somos todos Guimarães”.
Explica, na mesma carta, que “esta predisposição para a união só será profícua e válida, se for consequente, impondo-se, assim, numa ética de responsabilidade, a fixação, desde já, de uma iniciativa que aponte este caminho”. E implica o presidente da Câmara na decisão de dar o passo seguinte, porque ao PSD não cabe “substituir quem tem a competência de governar”
Porém, Bruno Fernandes entende que o seu partido tem a “legitimidade de quem também representa os vimaranenses” e que o seu propósito é o de apenas querer “contribuir activamente para que sejam encontradas as melhores soluções que mitiguem este nefasto problema”. O presidente do PSD entende que é ao presidente da Câmara que “compete ouvir essa representação do povo e não ignorar o seu papel”.
Na consumação deste desafio, Bruno Fernandes entende que “só assim se cumprirão os princípios basilares da democracia e se demonstrará o real empenho da autarquia em contribuir para a união dos vimaranenses em torno desta causa maior – combater a pandemia”.
Sugere, por isso, a realização de uma reunião extraordinária da Câmara Municipal, para a qual devem ser convidados todos os partidos com assento na Assembleia Municipal que não têm nenhum vereador no executivo municipal. O objectivo da reunião é simples: “avaliação e discussão de medidas concretas que contribuam para mitigar a pandemia sanitária e económica que afecta o concelho de Guimarães”.
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