As infeções sexualmente transmissíveis são um problema de saúde pública que exige proximidade na testagem e acompanhamento nas farmácias comunitárias. O projeto ‘O silêncio pode custar saúde’ é uma iniciativa crucial que promove a literacia em saúde e incentiva o rastreio da hepatite C, reforçando a ideia de prevenção e da coragem em procurar ajuda.
As infeções sexualmente transmissíveis (IST) continuam a representar um dos maiores desafios do nosso tempo. Apesar de vivermos numa era de avanços científicos e acesso facilitado à informação, as IST continuam a estar associadas a preconceito e desvalorização, o que agrava o risco, perpetua o estigma e atrasa o diagnóstico.
A maior parte das vezes assintomáticas durante um longo período, muitas pessoas acreditam que “se não dói, não existe”. Contudo, esta ideia não corresponde à realidade. É preciso estar atento, ser proativo e testar, algo possível através da participação em rastreios de forma regular.
Neste contexto, as farmácias comunitárias destacam-se como aliadas fundamentais do diagnóstico precoce, enquanto espaços de saúde de fácil acesso, próximos da comunidade e capazes de garantir a discrição e confidencialidade. A disponibilização de testes de rastreio de IST nestes locais constitui uma medida profundamente impactante e transformadora na área da promoção da saúde pública.
“Esta iniciativa tem sido crucial para quebrar barreiras, desmistificar preconceitos, promover a literacia em saúde e incentivar o rastreio da hepatite C.”
Um exemplo prático desta atuação é o projeto ‘O silêncio pode custar saúde’, desenvolvido pelas farmácias Holon, em parceira com a AbbVie e a Associação Abraço. Esta iniciativa tem sido crucial para quebrar barreiras, desmistificar preconceitos, promover a literacia em saúde e incentivar o rastreio da hepatite C, reforçando sempre a ideia de que a prevenção começa no conhecimento e na coragem de procurar ajuda.
Mais do que um slogan, ‘O silêncio pode custar saúde’ é um apelo urgente à ação. Ao disponibilizar testes rápidos, profissionais qualificados e um ambiente de confiança, o projeto demonstra que cuidar da saúde sexual pode, e deve, ser simples, acessível e livre de julgamentos.
Nunca é demais lembrar que as IST não escolhem idade, género, orientação sexual ou condição socioeconómica. Englobam desde infeções altamente prevalentes, como a clamídia, herpes ou sífilis até doenças mais complexas, como o VIH ou as hepatites virais B e C. Um elemento comum a todas elas prende-se com a necessidade e importância do diagnóstico precoce, que assume um papel central na redução de transmissão, início atempado da terapêutica e prevenção de complicações graves futuras. Quando não identificadas antecipadamente, podem ter consequências profundas para a saúde física e um impacto emocional significativo, caracterizado por sentimentos de culpa, ansiedade, vergonha, medo do julgamento e dificuldade nas relações interpessoais.
No fim, a mensagem é clara: falar de IST não deve ser motivo de vergonha, mas sim um ato de responsabilidade. Testar não é apenas cuidarmos de nós, mas também proteger quem nos rodeia. E projetos como ‘O silêncio pode custar saúde’ lembram-nos que, quando informação, prevenção e acessibilidade se juntam, a saúde avança e o silêncio deixa finalmente de ser uma ameaça.
© 2025 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, X e LinkedIn.
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.


