O desemprego continua a absorver mais mulheres (58,6%) do que homens (41,4%). Com o fim do ano escolar, Junho registou um aumento dos desempregados qualificados com o ensino secundário.
Há mais desempregados com o ensino secundário, em Guimarães. O factor chave desta alteração tem a ver com o fim do ano escolar. De Janeiro até Junho, os desempregados com o ensino secundário passaram de 1328 para 1699, ou seja, neste primeiro semestre, há 371 desempregados que tendo o 12º ano não conseguiram colocação e emprego.
Neste tempo de pandemia, de Março até Junho, os desempregados com o 12º ano, passaram de 1406 para 1699, ou seja, são mais 293, o que corresponde também a uma tendência nacional.
Uma análise aos números do IEFP, relativos a Junho, mostra claramente quem é que na população com grau de qualificação intermédia escolar integra o exército dos desempregados. Aos que completaram o ensino secundário, juntam-se ainda os que têm habilitações entre o 1º e o 3º ciclo, que absorve 4232 pessoas, ou seja, 60,94% do contingente desempregado.
Este grupo de trabalhadores – qualificado com habitações intermédias – pode tardar em voltar a encontrar uma colocação. É essa a opinião de alguns economistas, ouvidos pelo jornal Expresso que também faz referência à qualificação dos desempregados.
O IEFP divulgou números em que se destaca que, desde 2016, nunca houve tanta gente desempregada com o ensino secundário e outras habitações intermédias, entre a 4ª classe e o 12º ano. No concelho de Guimarães, os desempregados com o ensino secundário são 1699 e os habilitados com o 3º ciclo 1394, sendo 1200 os que chegaram ao 2º ciclo e 1638 os que não foram além do 1º ciclo. Os desempregados com habilitações ao nível do superior agora os mesmos que em Maio, ou seja, 794.
Infografia: Guimarães, agora!
Ainda sobre as tendências do desemprego no concelho, regista-se uma retoma das colocações efectuadas pelo IEFP. Foram 75, em Junho, o quarto melhor mês, neste ano. Uma nota para acentuar que foram colocadas 51 mulheres e apenas 24 homens, que mantêm uma tendência do semestre.
Outra nota, tem a ver com o tipo e causa porque as pessoas se registam no IEFP. A grande maioria, são aquelas que findam trabalhos ou ocupações temporárias; logo a seguir vêm os trabalhadores despedidos (171). Há 13 ex-trabalhadores que optaram pela constituição de empresas próprias.
Os trabalhadores com idades entre os 35 e 54 anos, continuam a ser o público alvo dos desempregados. São 2837 (40,85%). Outro escalão afectado é o dos que têm mais de 55 anos de idade: são 2268 (32,66%). Os trabalhadores jovens, com menos de 25 anos, que não trabalham são apenas 651.
Por último, regista-se uma descida de 37 pessoas no número de desempregados, em Junho.
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