Sofreu dois golos atípicos, reagiu para virar o resultado e acabou por fechar as contas do jogo quando Tiago Silva (69’) marcou de grande penalidade o 3-2.
O Vitória somou três pontos contra uma equipa do seu campeonato. Sim, porque se não desperdiçar pontos com as equipas abaixo do 5.º lugar, o Vitória pode voltar à Europa e andar nos principais lugares da tabela. Já foi assim, no passado, com Manuel Cajuda e com outros treinadores.
Com o Estoril Praia, o Vitória pode ter arrumado parte dos problemas deste início de época: fixando a equipa base, vislumbrando alternativas entre os jogadores para as diversas posições, avaliando a sua força reactiva perante resultados adversos, durante o jogo.
Pode ainda não ter encontrado a solução para viver de resultados diferentes daqueles que se acentuam pela margem mínima, uma característica que já vem das últimas duas ou três épocas anteriores.
Luís Pinto estreou-se no estádio D. Afonso Henriques com um triunfo, factor que lhe dará confiança para o futuro, sempre de exigência, perante adeptos que fazem do futebol uma paixão e, agora, uma festa de família. Os 18.926 espectadores, deste primeiro jogo em casa, mostram bem o colorido do género dos vitorianos que ocupam os lugares na bancada, de sócios individuais a famílias, com pai, mãe e filhos.
Esta presença não se faz sem o adereço – a marca dos vitorianos – de um cachecol, uma t-shirt – que dão reflexo ao branco e preto da nação vitoriana.
Para o treinador, a história do jogo com o Estoril mostra “a nossa evolução como equipa”. E evidencia a incerteza do futebol: “Sabemos como preparamos os jogos, mas não sabemos como se vão desenrolar” – declarou.
Realça, o número de espectadores: foram muitos “a puxar por nós, essa envolvência faz com que acabemos por dar aquele sprint que, se calhar, não daríamos”.
Registou ainda o seu agrado pela forma como a equipa segurou o 3-2, obtido quando faltavam 29 minutos para o fim do tempo regulamentar, assinalando que “a equipa queria muito vencer” e conseguiu ter “maturidade para não se deixar influenciar pelo aproximar do tempo final. Conseguimos estar focados e ligados ao jogo” – concluiu.
O Vitória alinhou com: Charles Silva, Miguel Maga, Miguel Nóbrega (Paulo Lima 86’), Rodrigo Abascal, Vando Félix (Fabio Gomez 74’), Tiago Silva, Tomás Händel, João Miguel Mendes, Nuno Santos (Beni 74’), Gustavo Silva, Nélson Oliveira (Alioune Ndoye 70’).
Amarelos: Nélson Oliveira (43’), Tiago Silva (47’), João Miguel Mendes (90’), Beni (92’).
Golos: Miguel Nóbrega (42’), Nélson Oliveira (52’), Tiago Silva (69’).
Foto © Vitória SC
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