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Guimarães
Terça-feira, Fevereiro 25, 2025
José Eduardo Guimarães
José Eduardo Guimarães
Da imprensa local (Notícias de Guimarães, Toural e Expresso do Ave), à regional (Correio do Minho), da desportiva (Off-Side, O Jogo) à nacional (Público, ANOP e Lusa), do jornal à agência, sempre com a mesma vontade de contar histórias, ouvir pessoas, escrever e fotografar, numa paixão infindável pelo jornalismo, de qualidade (que dá mais trabalho), eis o resultado de um percurso também como director mas sempre com o mesmo espírito de jornalista… 30 anos de jornalismo que falam por si!

A vida que (não) vem das associações!

Todos lhe reconhecem importância: do Governo às autarquias, das empresas aos industriais, dos sectores económicos aos sociais.

Se há associações que aglutinam o todo nacional, há, porém, algumas que assumem também a sua projecção no território regional, numa duplicidade aceitável.

A CIP, tem sede em Lisboa, assume-se como confederação empresarial; a AEP, sediada no Porto, é uma associação de empresas.

Há associações específicas e sectoriais fortes como a do sector têxtil – ATP – com sede em Vila Nova de Famalicão, e a do calçado -APICCAPS – também na cidade invicta.

Também ao nível do distrito, surgem novas associações como a AEM – Associação Empresarial do Minho que com a ACB – Associação Comercial de Braga – têm dinâmicas próprias e que cumprem um papel de agregador das actividades económicas e empresariais para defender interesses específicos.

São muitas, e são-no também bons exemplos de dinamismo que transformam a vida de cidades e concelhos e até da região onde nos inserimos. Umas são mais profissionais – com quadros superiores e técnicos – e outras mais amadoras.

Guimarães não é bom exemplo – de associações fortes e dinâmicas – de há uns anos a esta parte. E porquê?

É mais importante defender o ego de um mais atrevido dirigente do que pugnar pela defesa de uma classe.

Porque foram criadas por um impulso exterior ao sector que representam. E assumiram o papel de ‘muleta’, de qualquer poder. Depois, por cá, parece que é mais importante defender o ego de um mais atrevido dirigente do que pugnar pela defesa de uma classe, de um grupo empresarial ou de um sector económico.

Umas têm mais visibilidade do que outras… E outras surgem para defender ainda interesses mais pequenos no prolongamento de uma rua ou no centro de uma cidade.

Esta pequenez é alimentada pelos próprios interessados, confrontados entre ter uma representação forte, livre e independente, e uma representação partidária que se alinhe – ou não – com a cor política de quem governa a Câmara Municipal.

Sim, o Município precisava de associações fortes, sem ligações espúrias mas naturais, que assumam parcerias, sejam factores de dinamização do progresso – e quiçá do investimento – os motores de um desenvolvimento efectivo que vá para além de mandatos de autarcas ou dirigentes.

O que se nota em Guimarães – em contraste com Braga – é que as associações nem sequer dinheiro têm para comemorar um aniversário e vão a Santa Clara pedir ajuda para comprar foguetes e contratar uma banda de música para mostrar que estão vivos; outras fazem festas e mandam a factura para a Câmara, tornada em ‘cofre forte’ dessa inépcia associativa.

Há também, associações cuja representação é feita por dirigentes que “têm mais do que fazer” para além de dar umas horas a tratar de coisas comuns e por isso aceitam ter representantes que têm outras profissões. E lá vão eles para os órgãos sociais a pedido do amigo presidente…

Outras – que longe de terem estatuto concelhio, distrital ou regional (do Norte) – primam por ser representantes do comércio de uma rua e opõem-se a que o Município possa fazer as transformações que lhes podem assegurar o futuro do seu negócio, dar vida à cidade, atrair turistas, ter eventos menos triviais – daqueles que fazem sazonalmente colocando um grupo de bombos a andar a fazer ruído entre muros, numa cidade Capital Verde Europeia.

Até mesmo no que toca aos jovens, há associações que praticam a orfandade sujeitando-se aos ditames de um ‘pai jovem’ – mas ultrapassado de poder e de idade.

Ou seja, neste momento há mais associações do que actividades a sério, com uma sede que mais não é do que uma sala de espera num qualquer serviço municipal; e Guimarães bem precisava de ter associações fortes… mas todos parecem lavar desta situação as mãos como Pilatos…

© 2025 Guimarães, agora!


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