O candidato socialista à Câmara, nas próximas eleições foi peremptório, claro e directo. E sustentou que “se eu for presidente da Câmara não há BRT nenhum”… justificando que este modo de transporte “não vai resolver nada”, no que à mobilidade diz respeito.
Ricardo Costa inflamou a sessão de encerramento de mais uma conferência do ‘Compromisso com Guimarães’ sobre Ordenamento do Território, Ambiente, Mobilidade e Coesão Territorial que decorreu esta tarde no Laboratório da Paisagem, falando “grosso”… sobre o tema da mobilidade e das soluções propostas pelo presidente da Câmara do seu partido, e apoiadas pelo Governo de António Costa, cujo Ministro do Ambiente atribuiu à Câmara um milhão de euros para estudos de modo a implementar esta solução.
Defendeu ainda que o problema da mobilidade resolve-se “com transporte público confiável, credível e comprometido”, a solução para que os vimaranenses “deixem o seu carro em casa”.
O candidato considerou que “falta no Norte quem fale grosso”, criticando que para a solução que pretende implementar em Guimarães, caso ganhe as eleições autárquicas, nem 200 milhões há para construir o Metro de Superfície para resolver os problemas da mobilidade, quando Porto e Lisboa retêm a maior percentagem de fundos europeus.
“Não me importo que falem mal de mim… mas falem.”
Incitou, até, os seus apoiantes que nestas iniciativas, onde “queremos ouvir todos, sem filtros, não me importo que falem mal de mim… mas falem”.
Esta sessão foi a mais virulenta para a gestão autárquica pelas intervenções de alguns oradores, André Fontes, docente da UMinho, residente em Braga, sustentou que “é fácil parar Guimarães… num dia de jogo entre o Vitória e o Porto, durante a época de Natal… com a circular urbana entupida!”
O professor da Escola de Arquitectura, sediada no campus de Azurém, disse que “é um desastre de planeamento”, o que se vê na maior circular de Guimarães, mesmo quando há um acidente numa das suas vias.
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