A demonstração de como foi apresentada a candidatura de Guimarães ao júri da Capital Verde Europeia (CVE) disse menos aos cidadãos que a intenção do Município em promover a sessão no auditório Francisca Abreu do Centro Cultural Vila Flor.
De facto, o presidente da Câmara agradeceu e sublinhou, com letras grandes, a envolvência e o compromisso que abriu portas à atribuição deste título europeu. E fê-lo de uma forma que lustrou o orgulho vimaranense, mobilizando a população para um comportamento constante de boas práticas em matéria de defesa do ambiente, que desde 2014 passou pela sustentabilidade e ganhou força ao ser assumida por segmentos dos homens e mulheres da sociedade.
O caminho trilhado, desde então, de “convicção, entusiasmo e pensamento” motivou um agradecimento geral e forte que convoca os cidadãos para a defesa permanente da causa ambiental.
O envolvimento da população também teve contornos pedagógicos e educativos, o que faz perdurar a preocupação de defesa de boas práticas ambientais, não como algo imposto – por autoridade ou regulamento – mas para se transformar numa bandeira comum.
“Sempre dissemos que percorrer este caminho colectivamente era fundamental.”
“Sempre dissemos que percorrer este caminho colectivamente era fundamental. Um caminho que é mais importante do que a distinção recebida, que não é mais do que o reflexo do empenhamento do colectivo”, salientou.
Acrescentou, entretanto, que ‘Uma Cidade, Um Planeta’, significa viver de forma sustentável, utilizando apenas os recursos naturais que a terra consegue regenerar ou fornecer de forma contínua.
Este mote também foi algo que convenceu os jurados da Comissão do Ambiente da União Europeia (UE), em Valência, evidenciando a forma como os vimaranenses estão comprometidos com um caminho que “ainda está no início e que é de gerações”.
Sobre a chave para o sucesso da neutralidade climática em Guimarães – muito assente na educação ambiental, de todos os cidadãos, Domingos Bragança acredita nesses vectores para uma mudança de comportamentos, em casa, na rua, nas escolas, nos locais de trabalho dos cidadãos a partir dos quais começa um processo que não é fácil e que exige uma “contaminação positiva” na sociedade.
Guimarães, enquanto cidade de média dimensão pode dar o exemplo a milhares de outras cidades europeias congéneres, permitindo a replicação de modelos de sucesso.
“O difícil é fazer este caminho sem que haja decrescimento económico”, referiu o presidente da Câmara.
“Queremos desenvolver Guimarães e contaminar todos os territórios vizinhos.”
Colocou a Ciência, como garante de rigor, imprescindível para o sucesso deste desiderato e a consensualização que permita ciclos longos de políticas de sustentabilidade ambiental. “Quem percorreu o caminho connosco, com competência, vai continuar, pois queremos desenvolver Guimarães e contaminar todos os territórios vizinhos”, concluiu, depois de anunciar que serão constituídas três comissões para celebrar a CVE 2026: a de honra, a científica, e a comunitária, esta última pretendendo abarcar todas as instituições representativas de Guimarães e envolver todos os agentes políticos e sócio-económicos da cidade.
Adelina Pinto, responsável pela elaboração da candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia, agradeceu a presença de todos e a forma como todos se sentiram comprometidos com o prémio.
Descrevendo o processo que conduziu Guimarães até à obtenção do título de Capital Verde Europeia, lembrou aos presentes que tudo começou em 2013, com a visão de Domingos Bragança, que ousou sonhar para Guimarães um futuro sustentável. “Se hoje a sustentabilidade ambiental é um lugar comum, se todos tentam trabalhar para isto, não o era em 2013. Foi preciso coragem, determinação e acreditar”, disse.
A também presidente do Laboratório da Paisagem recordou ainda o trabalho que esteve subjacente às três candidaturas (2017, 2023 e 2024), um trabalho de “muita aprendizagem, de muitos contactos, muitos projectos, muitos dados recolhidos, muitas candidaturas ganhas, muita obra feita”.
Por fim, foi realçado o papel de Isabel Loureiro, coordenadora da Estrutura de Missão, de Carlos Ribeiro, director executivo do Laboratório da Paisagem, e de toda a estrutura técnica do Município de Guimarães, liderada por Dalila Sepúlveda, directora do departamento de Ambiente e Sustentabilidade.
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