Há, no entanto, duas varáveis: a primeira é de que tem de ganhar ao Santa Clara; e a segunda é esperar que o Braga não ganhe ao Sporting.
Neste contexto desportivo, Rui Borges dá conta da competitividade do seu grupo. E das soluções alternativas para fazer jogar vários jogadores, enfrentando o natural cansaço do plantel que já disputou 22 jogos em quatro competições.
Agora, com o Santa Clara metido no lote dos cinco primeiros, a tarefa do Vitória será mais exigente, “devemos perceber bem as dificuldades com que nos vamos deparar” – alerta o treinador vitoriano.
A equipa açoriana “é muito forte” – defende – com um grupo de jogadores que já se conhecem desde a época passada, o que aumenta a sua competitividade e a sua organização em campo.
“Teremos de trabalhar muito dentro da nossa estratégia e da nossa ideia de jogo.”
Rui Borges aponta ao objectivo de descolar do Santa Clara na classificação: “Se queremos ser diferentes, ganhando mais vezes, devemos ter a noção de que vamos defrontar uma grande equipa e que tem grande dinâmica. Fez um grande início de época e, por isso, temos pela frente um jogo muito difícil. Se somos quintos classificados, queremos ser quartos. Por isso, há que bater o próximo adversário. Teremos de trabalhar muito dentro da nossa estratégia e da nossa ideia de jogo”.
Sem Mikel Villanueva, Óscar Rivas pode repetir a titularidade, depois do jogo europeu. “Deu a resposta que nós já estávamos à espera, tirando o golo. Ficámos muito contentes por ele. É um jogador que dá boas respostas todos os dias. Só precisava do momento certo e a oportunidade que teve já a merecia há algum tempo. Esteve tranquilo. A estreia aconteceu em casa e isso foi muito importante porque os adeptos deram-lhe conforto”.
Acrescenta que Óscar Rivas “é um miúdo muito focado, rigoroso e competitivo. Nota-se isso diariamente. É disso que nós gostamos. Fez por merecer a oportunidade e cumpriu muito bem. O plantel dá muitas e boas dores de cabeça. Deixa-me feliz saber que eles dão sempre boas respostas. Todos estão preparados para jogar e à espera de uma oportunidade”.
Sobre Telmo Arcanjo, o treinador recorda ainda o tempo parado pela sua lesão. “De início, apareceu muito bem; agora está consistente, mas ainda longe daquilo que nós pretendemos. Esteve competente, fez um bom jogo, mas precisa de ser mais agressivo no último terço do terreno do jogo. Tem características muito próprias e deve mudar algumas coisas”.
Com 22 jogos em quatro competições diferentes, Rui Borges encara o cansaço dos jogadores, entre jogos e viagens, como algo que pode ‘deixar mossas’. Mas assegura que “a equipa deve manter-se competitiva e ambiciosa. Não se podem cansar de ganhar jogos. Apesar de rodarmos jogadores, há um acumular de cansaço provocado pelas viagens e pelos jogos”.
Deseja que “os jogadores se mantenham competitivos e que tenham a noção de que nem sempre vamos praticar aquele futebol que todos nós queremos. Temos de estar sempre muito organizados e rigorosos. É que temos sofrido golos por pequenas coisinhas, não têm acontecido por causa de o adversário se superiorizar a nós”.
“Estes sinais de que à equipa ainda lhe falta alguma maturidade”, são encarados pelo treinador como a oportunidade para “arranjar força mental para superarmos o cansaço físico. O nosso caminho tem sido fantástico e, para mantermos o nível, devemos fazer tudo para ganhar o próximo jogo. E a mesma lógica vai manter-se se conseguirmos vencer o Santa Clara. Temos de ser competitivos jogo a jogo, sem pensar muito no que vai à frente. Eles unem-se muito lá dentro”.
Foto © Vitória SC
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