Era uma escola “degradada” com uma cobertura de amianto. Agora a requalificação a que foi sujeita tornou-a mais confortável, mais usável.
O projecto de requalificação foi “um compromisso assumido com as crianças e o futuro” – como justificou Clara Castro, arquitecta da Câmara Municipal.
Teve a ambição de ser “um espaço mais agradável e com mais conforto”, onde se fazem sentir “as preocupações energéticas”, onde se corrigiram os pontos fracos e cumpre os normativos básicos de “dar conforto e segurança aos alunos”.
Agora, com telhado novo – e sem a cobertura de amianto, polémica, do passado – com caixilharias exteriores de vidro duplo, com um espaço desportivo, de relva artificial, com instalações sanitárias condignas, e preocupações ao nível da segurança contra incêndios e com o conforto térmico e acústico, a nova EB1 de Abação pode ser vista como uma escola modelo do parque escolar municipal.
O edifício está construído de forma a ter poupanças energéticas entre 30 e 50%, com um refeitório novo, uma requalificação que custou cerca de 860 mil euros.
E todos vaticinam que seja, agora, “uma fonte de inspiração, onde as ideias floresçam”.
A inauguração, na semana passada, serviu para Firmino Lopes, director, afirmar a grandeza e a importância do Agrupamento de Escolas Agostinho da Silva (AEAS).
E começou por salientar a importância da Escola EB 2,3 e da sua localização, construída mais acima e ao lado, que teve o condão de “acabar com a fuga da escola de crianças e jovens”.
“A massa de alunos que chegava à escola, tinha poucas expectativas.”
“A massa de alunos que chegava à escola, tinha poucas expectativas” – recorda. Mas depois com a nova escola mãe do agrupamento, a qualidade do ensino e o sucesso escolar foi crescendo.
A escola diagnosticou os alunos de forma precoce, visando ter um sucesso maior, no final do ano, onde se afirmou o “só passa quem souber”.
Neste ciclo de transformação escolar, para além da construção da EB 2,3 de Abação viu todo o seu parque escolar renovado e que agora se conclui. Sublinha o director do AEAS que o presidente da Câmara, Domingos Bragança, colocou a Educação, “desde a primeira hora, como uma das áreas onde seria feita uma grande transformação nas escolas”.
No seu leque de elogios, incluiu a actual vereadora da Educação, Adelina Pinto que não se limitou “a ser a vereadora das burocracias do sector”. Sustentou que ela trouxe “programas que acrescentaram valor à escola”, desde visitas de alunos a locais de interesse, de Guimarães, como proporcionou “recursos de que as escolas se aproveitam”. Acentuou: “nunca vi este dinamismo noutras escolas”.
Firmino Lopes, falou de um problema que afecta o agrupamento de escolas de Abação: “a chegada de alunos de outras nacionalidades”.
Este universo de novos alunos, de cerca de 10%, afectou o rendimento e o sucesso escolar porque “chegaram mal preparados”, e isso afectou a taxa de sucesso global das escolas.
“Na escola não deixamos ninguém para trás, dos mais fortes aos mais fracos.”
Apesar disso, o director do AEAS justifica que entre cada grupo de cinco alunos “quatro têm sucesso pleno”. O que significa que “por debaixo desta acalmia, a escola mexe; na escola não deixamos ninguém para trás, dos mais fortes aos mais fracos”.
E destaca, ainda, a recém inaugurada biblioteca escolar de Tabuadelo que “já teve grande agitação”. Firmino Lopes deixou um elogio geral a funcionários, professores, “atentos a captar o sentir dos alunos”, das equipas multi-disciplinares com psicólogos e terapeutas da fala.
Todos contribuem para que se diga: “é um gosto trabalhar na escola”. Uma escola que já teve milhares de alunos, ao longo dos anos que em nada se compara com a de antigamente.
A missão para o futuro, disse Firmino Lopes é “tratar da autonomia dos alunos, estimulando o seu espírito crítico, para que actuem por si sós”.
O presidente da Junta de Freguesia de Abação também evidenciou a sua “felicidade e orgulho nesta escola”, lembrando no início que as mudanças projectadas se confinavam à retirada da cobertura de amianto. Com a visita de Domingos Bragança à escola, a decisão sobre uma intervenção mais robusta e de fundo avançou.
“Não esperem do presidente da Câmara que faça obras apenas para responder a pressões” – declarou Domingos Bragança.
Estava justificada a “intervenção estrutural” a que foi sujeita a EB1 de Abação pelo presidente da Câmara para quem “o imediato é que impera, no tempo em que vivemos”. Adiantou que “vale a pena esperar para se ver como uma escola básica deve ser”.
E voltou a defender a Educação não apenas como estratégia para formar e dar competências mas como “alavanca social e económica”. Os efeitos serão sempre visíveis “a médio e longo prazo” – concluiu.
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