Quando o jogo se interrompeu ao intervalo, o empate sem golos criou a ilusão de que haveria maior competitividade na segunda parte.
Mas o Porto perdeu o respeito ao Vitória – demonstrado nos primeiros 45 minutos – e começou por desequilibrar apenas com o desempenho de Samu Aghehowa (47’ e 59’) que rapidamente fez a história do jogo apontando dois golos.
Dois golos bem executados, o primeiro num golpe de cabeça colocado e o segundo num remate para o lado oposto onde estava Bruno Varela, depois de uma ultrapassagem a Tomás Ribeiro.
O Vitória reagiu mas a equipa continuou “macia” sem a agressividade de outros jogos como notou Rui Borges quando comentou as incidências da partida, na sala de imprensa.
Apesar de ter ficado com a bola porque o Porto recuou para depois subir em velocidade até à intermediária vitoriana, a diferença no resultado começou aí: uma equipa tinha facilidade em concretizar outra não incomodava Diogo Costa.
Apesar da sua postura competitiva, das alterações na equipa como reacção ao 0-2, o Porto acabava por se tornar ‘dono do jogo’.
Com o resultado conquistado, o terceiro golo de Pepê (88’) foi a cereja no topo do bolo, com o Porto a impor uma derrota das antigas a um Vitória incapacitado de reagir e mudar o rumo do resultado.
O melhor do Vitória, esteve nas bancadas, uma massa enorme e profunda, sustentável nas famílias de vitorianos que vão à bola com os filhos, numa festa exemplar para a qual muitos deviam olhar e compreender – a começar pelos órgãos disciplinares da FPF.
Reconhecendo o esforço dos jogadores, os adeptos conscientes de que já nada havia que pudesse alterar o vencedor e o vencido, continuaram a aplaudir.
Entoando o “Vitória até morrer” ainda o árbitro não havia apitado pela última vez, os adeptos mantiveram-se em grande na maioria nos seus lugares. A equipa deslocou-se para um frente a frente com os adeptos da bancada Neno – tal como fizeram depois para a bancada do topo sul – continuando com o mesmo hino e recebendo aplausos dos jogadores, numa comunhão de unidade, diferente de outros tempos quando perder era significado de apupos, assobios e insultos.
Hoje, os adeptos e os jogadores sabem que o campeonato não se resume a uma batalha e por isso partilham os êxitos e as derrotas, num reconhecimento do esforço dos jogadores que não foi compensado em pontos.
Um facto que, também, Rui Borges sublinhou e elogiou e registou mesmo que “não há palavras para esse carinho” que será, porventura, compensado noutros jogos.
O treinador justificou a derrota reconhecendo que a sua equipa não fez o que treinou mas deixou claro que “este resultado não belisca o que fizemos já esta época”.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Bruno Gaspar, Toni Borevković, Tomás Ribeiro, João Mendes, Tiago Silva (Manu Silva 77’), Tomás Händel, João Mendes (Samu Silva 68’), Kaio César (Telmo Arcanjo 77’), Nuno Santos (Gustavo Silva 69’), Nélson Oliveira (Jesús Ramírez 68’).
Amarelos: João Mendes (27’), Tiago Silva (37’), Bruno Varela (37’), Bruno Gaspar (46’).
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