Era um assunto incontornável porque deixou mágoas mas para o actual presidente da Câmara vizelense a emancipação do concelho a que preside “é uma questão da história e faz parte do passado”.
“Tentam criar questões sobre a relação entre Vizela e Guimarães mas já passaram 26 anos desde que Vizela é concelho” e abriu caminho ao futuro, pois, agora, “pensamos em região, mais do que em concelhos, somos globais”.
Dando exemplos de que “vivemos uma era diferente”, Victor Hugo Salgado elogiou Guimarães como “um concelho vanguardista, de inovação, enérgico. Um concelho vanguardista não se prende ao passado” – defendeu.
Neste enamorar Guimarães e os militantes socialistas, o presidente da Câmara vizelense e candidato à Federação declarou: “Aqui sinto-me bem. Sinto-me em casa. Nasci aqui, estudei aqui, o meu mandatário é o presidente do Município de Guimarães”.
Reconhecido no partido como um “homem de consensos”, justificou a sua candidatura a presidente da Federação Distrital, já que “esta eleição precisa de um líder que agregue, as cidades beneficiam do sucesso da cidade vizinha, o sucesso do distrito resulta da soma das partes. O discurso da divisão não é o meu e nunca será. Esta é uma campanha em prol do PS, não é contra ninguém” – salienta a nota distribuída à comunicação social.
Numa noite de elogios também Domingos Bragança justificou porque aceitou o convite para ser mandatário desta candidatura “sou mandatário do Victor Hugo porque o conheço bem, sei bem do seu carácter, competências e capacidades e reconheço a sua dedicação à causa pública. Juntos, trabalhamos e desenhamos o território em que acreditamos.” E apontou o caminho a ser feito: “há trabalho de consensualização a fazer, precisamos que os consensos estabelecidos nas concelhias sejam respeitados e ampliados e o Victor Hugo está preparado para consensos alargados.”
“Um distrito no seu lugar não é só um slogan, é um desígnio que só podemos cumprir se tivermos as ideias como prioridade.”
O presidente da concelhia de Guimarães, Ricardo Costa fechou as intervenções referindo que “a escolha de um candidato, de um presidente de Federação, não pode estar assente na sua naturalidade, deve assentar no seu percurso, nas suas ideias políticas, nos seus objectivos, e no respeito pelas escolhas dos militantes socialistas”. Destacou a visão de Victor Hugo sobre o lugar que a região deve ocupar. “Um distrito no seu lugar não é só um slogan, é um desígnio que só podemos cumprir se tivermos as ideias como prioridade, o trabalho como base de uma visão global para a região que respeita a individualidade de cada concelho.”
Curiosamente ou não Victor Hugo Salgado é apoiado por ‘dois braços’ do actual PS: um, mais oficial, através de uma lista inspirada na liderança da concelhia, cujo primeiro nome é Flávio Freitas, autarca de Conde e Gandarela; e outro representativa de uma facção que é protagonizada por Sérgio Castro Rocha, autarca de Ponte. Serão duas listas a apoiar apenas um candidato mas ambas a terem mérito o apoio ao mesmo candidato.
“Encabeço uma lista com autarcas e militantes de todo o concelho de Guimarães de apoio a Victor Hugo Salgado porque acreditamos que reúne todas as qualidades para ser presidente da Federação, para continuar o trabalho do Frederico Castro e reunir consensos” – referiu Flávio Freitas.
Já o autarca de Ponte, disse que “falar do Victor Hugo é falar de seriedade, lealdade, competência, falar de obra. Confio nele, é a pessoa certa para liderar os destinos da Federação, acredito e partilho da sua visão para o distrito. Uma visão que permitirá colocar o distrito no seu lugar.”
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