Depois do lançamento do Turismo Criativo e de Experiências, o Município de Guimarães dá os primeiros passos na implementação do Turismo Industrial, em alinhamento com a Estratégia de 2027 do Turismo de Portugal.
É mais um sinal de integração e de estruturação, tirando partido de sinergias e oportunidades que dinamizam a sua oferta turística diferenciada, ancorada num território activo. E também uma forma de colocar ainda mais Guimarães no mapa turístico nacional incorporando-se na Rede Portuguesa de Turismo Industrial, com vários parceiros das várias regiões turísticas.
O Turismo Industrial tem uma estrutura informal coordenada pelo Turismo de Portugal e integra as cinco entidades regionais de turismo.
Guimarães não fica para trás e entra no grupo dos Municípios que já aderiram a esta rede como São João da Madeira, Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Santa Maria da Feira, Vila do Conde, Vale de Cambra e Marinha Grande.
O vereador do Turismo, Paulo Lopes Silva, recordou os três grandes objectivos que foram definidos há três anos: aumentar estadia média, diversificar propostas e produtos, promover aquilo que Guimarães é e o melhor que tem para oferecer.
Depois do lançamento do Turismo Criativo e de Experiências e a certificação do Destino Sustentável, o Turismo Industrial é o passo seguinte que “vem trazer outra camada à robusta rede de produtos turísticos que se tem desenvolvido nestes últimos anos” – enfatizou.
Entre o Município de Guimarães, a entidade regional Turismo Porto e Norte de Portugal (TPNP) e as seis primeiras empresas aderentes a este programa Lameirinho, Belo Inox, Filasa, Lasa, Coelima/Mabera e Jordão, foram assinados os protocolos de colaboração que permitem já operar nesta área.
“O Turismo Industrial tem vindo a consolidar-se em Portugal através do incremento de uma oferta suportada em visitas a fábricas em laboração e a equipamentos museológicos ligados a antigos complexos industriais que proporcionem aos visitantes experiências relacionadas com os processos de produção, ou com o seu passado histórico e cultural” – salienta Paulo Lopes Silva.
Justifica, entretanto, que as seis empresas que já fazem parte deste roteiro de Turismo Industrial, como a Belo Inox, da área das cutelarias, Jordão, da área dos equipamentos de refrigeração, a Coelima, Lameirinho e Lasa, da área dos têxteis-lar e a Filasa da área da fiação “são empresas que se destacam pela sua história e relevo no tecido empresarial vimaranense e nacional”. Sublinha, no entanto, que não serão as únicas “num projecto aberto a outras empresas que pretendam integrar esta oferta, podendo fazê-lo a qualquer momento, bastando para isso que entrem em contacto com o Município”.
Luís Pedro Martins, presidente da entidade regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), identificou o “tempo e a diversidade como duas características do destino”, uma vez que “em pouco tempo, encontramos uma grande diversidade de opções turísticas” que oscilam entre a costa atlântica e a montanha, eno-gastronomia, património, cultura, desporto e natureza.
A TPNP pretende “aumentar os argumentos para visitar a região, principalmente os territórios fora da área metropolitana”. Recorde-se que são considerados quatro destinos em termos de promoção: o Minho, Porto, Trás-os-Montes e Douro.
Considerou ainda que Guimarães está “a conquistar lugar no palco das meeting industry, um produto muito forte e importante, que atrai mercados de alto-rendimento”. Há territórios “fora do Porto que podem receber este turismo de negócios, e temos que os explorar”, exemplificando com Guimarães, que possui “os ingredientes necessários para ser líder neste segmento” por possuir, além de salas e equipamentos de alta qualidade, a atmosfera, restauração e hotelaria, programação cultural, entre outras qualidades.
“O Porto e a sua área metropolitana só têm a ganhar ao partilhar e incluir todo o norte de Portugal.”
Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal que subscreveu em nome do Município o protocolo de colaboração, defendeu a importância do investimento turístico ser feito em toda a região norte, considerando que “o Porto e a sua área metropolitana só têm a ganhar ao partilhar e incluir todo o norte de Portugal e, nomeadamente, o Minho”. Defende que Guimarães dispõe de condições “únicas para a implementação do Turismo Industrial. Temos história, marca indelével da fundação de Portugal, mas também temos um relevante passado industrial”, onde os desafios “da revolução digital, da biotecnologia, de novos materiais, da circularidade, da sustentabilidade, da economia, da saúde e do espaço são para vencer”.
Paulo Coelho Lima, administrador da Lameirinho e anfitrião desta cerimónia, sublinhou “o valor deste projecto”, no que trará “valor acrescentado à empresa e mais prestígio para a marca”, desejando que “este momento seja inspirador para outras empresas cuja participação e adesão a esta vertente do Turismo Industrial enriquecerá ainda mais a oferta”.
Os protocolos foram assinados entre Município de Guimarães, entidade regional Turismo Porto e Norte de Portugal (TPNP) e Julieta Raquel da Silva Castro Salgueiro (administradora Belo Inox), José Antunes (administrador Filasa – Fiação de Armando da Silva Antunes), José Isidro Lobo (director geral Jordão, José Júlio Jordão), Paulo Coelho Lima (administrador e CEO Lameirinho – Indústria Têxtil), José Antunes (administrador Lasa – Armando da Silva Antunes) e Dâmaso Lobo (administrador da Coelima/Mabera, Acabamentos Têxteis).
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