Não faltou nada a este dérbi entre os rivais do Minho. Até a competitividade – porque ainda estava em causa qual dos dois podia ser o 4º ou 5º, apesar da diferença de cinco pontos registada no início do jogo. E nas bancadas 25224 espectadores fizeram a festa lamentavelmente com tochas.
Ambas as equipas mostraram atributos para ganhar. Quando o jogo parecia parar para uma equipa, havia outra que renascia.
O Vitória fez o que pôde para vencer, num jogo com cinco golos, o que é obra a uma jornada do fim do campeonato. Houve dignidade bastante nos vencedores e nos vencidos.
A história do jogo é engraçada, a competitividade das duas equipas deixa claro que no futebol português se não houver interferências estranhas, todas as equipas podem lutar pelos seus objectivos, ter ambições, dar oportunidade a jovens.
Este Vitória-Braga foi bonito. E começou ainda se cantava o hino, as claques cantavam… e uma coreografia branca agitava as bancadas, o Vitória já estava na área do Braga. Foi um começo auspicioso, ainda para mais quando Bruno Gaspar (10’) concluiu um passe cruzado de André André.
Apesar de Zalazar (11’) ter rematado para Bruno Varela defender, o Vitória dominava no meio campo e encostava o Braga na sua trincheira.
Tiago Silva (20’) marcou um livre e nas costas da defesa do Braga, já estava Tomás Ribeiro que chegou atrasado.
Mas o que se via no relvado era um Vitória sereno, animado pela vantagem de um golo, insistindo em jogar perto da baliza do adversário.
Depois, Ricardo Horta foi até a linha de fundo, cruzou para a área de penalty e Bruma (24’) num remate seco fez o empate.
Era o primeiro sinal de uma equipa que reagia à desvantagem, evidenciava um futebol mecanizado, chegando depressa à zona de Bruno Varela, valendo-se da qualidade de execução de Abel Ruiz, da fogosidade de Bruma, e de um jogo colectivo que abriu brechas no meio campo e na defesa do Vitória.
O Braga sabia o que queria e colocava João Moutinho e Pizzi no meio campo, apostando na experiência destes jogadores, deixando a Zalasar a tarefa de se infiltrar por entre médios e defesas vitorianos.
Com mais tocha ou menos tocha, o jogo correu sem incidentes apesar de alguns casos suscitados nas quatro linhas.
A segunda parte foi mais emotiva porque teve mais golos e o resultado esteve suspenso até ao último minuto. Curiosamente e ao invés da primeira parte, o Vitória ressuscitou no jogo quando o Braga o acossava e encostava à sua intermediária.
Mas à medida que chegava aos 90’+5’, marcaram-se mais golos, o VAR teve de validar o 2-1 do Braga. Depois o Vitória mostrando a sua abnegação e espírito de luta não se vergou e chegou a nova igualdade agora a dois golos.
Para a história fica um Vitória renascido do nada que acaba o campeonato a lutar pelo 4º lugar e sem coisas estranhas neste findar de época até poderia ter chegado ao 3º lugar, com uma equipa construída com jovens valorosos, íntegras na sua prestação profissional e ambiciosos.
No final do encontro, António Miguel Cardoso, presidente do Vitória esteve na sala de imprensa a lamentar que Hugo Miguel que era o VAR deste encontro, não tenha alertado para uma provável grande penalidade no lance em que Tomás Ribeiro (62’) que cabeceou à barra. Lembrou que, em Famalicão, o mesmo Hugo Miguel teve o cuidado de alertar o árbitro, o que não aconteceu agora.
Já Álvaro Pacheco também desculpa Fábio Veríssimo – que pode não ter visto o lance de mão na bola, mas culpa o VAR e Hugo Miguel por esse erro que falseou o resultado.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Bruno Gaspar, Jorge Fernandes, Borevkovic, Manu Silva, Tomás Ribeiro (Nuno Santos 80’), Ricardo Mangas, André André (Kaio César 86’), Tiago Silva, Jota Silva, Nélson Oliveira.
Amarelos: Charles Silva (25’), Bruno Gaspar (50’), André André (69’), Nuno Santos (83’).
Golos: Bruno Gaspar (10’), Ricardo Mangas (80’).
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