A classe política está cheia de sonhadores e… inventores! Puxando pela sua veia ‘inovadora’, incluem na sua agenda política coisas que ninguém entende, nem a sociedade respira. E precisa.
São ‘invenções’ para além da realidade. O tema da ‘insegurança’ foi badalado por Passos Coelho no chamado regresso à política.
O homem que divide o País – por o ter salvo da banca rota (no pós-Sócrates) e por ter feito um enorme aumento de impostos e cortes nas pensões – mostrou que não está em forma.
À falta de assunto, tentou jogar num campo onde André Ventura joga sempre cheio de adeptos seus. E vai daí correu atrás dele e de uma agenda enganosa porque os portugueses não viraram todos à direita e muito menos à extrema-direita.
Conheço votantes (e não adeptos) do Chega, muito boas pessoas e que estão longe – muito longe – de se identificarem com os valores ultra de uma extrema direita com poucos apoiantes.
O que sentem – e demonstram isso – é que 50 anos depois do 25 de Abril, o País, a Nação ou a República fez marcha-atrás na educação e ensino, na saúde, na cultura, apesar de os avançados conquistados num passado mais recente.
De repente, os cidadãos deram-se de caras com falta de dinheiro, com falta de casa, com falta de creches – e a população não aumentou como revelam os Censos – com escolas a fechar, sem que o Estado (autarquias incluídas) tenham despertado para este foco de ‘caos social’ que atrapalha a normalidade da sociedade.
Os políticos ou aprendizes de políticos parecem todos ler a mesma cartilha: fazem uma ideia sobre o diagnóstico dos problemas e não têm ideia sobre as soluções; falam todos de cátedra, sem estudos, sem planos, sem discussão pública – didáctica e pedagógica – não gostam de números (que mostram a realidade). Entre o saber e o não saber, preferem este último, jogam sempre nos contrários. É o eterno científico a bater-se com o empírico.
E aparentam ser bons na insinuação: pela fotografia, pelo vídeo, alguns até são comentadores e actores das suas produções áudio-visuais, comunicando o que pensam que é comunicável e como se o cidadão – e a sociedade – fossem um bando de analfabetos que não conhecem a realidade das empresas, das instituições, das pessoas, fazem orações políticas banais.
É de rir, nesta teatralidade, vê-los (sem ideias) falar de justiça, de economia, de saúde, etc, etc, sem ter a noção de quem é quem, num quadro de competências legais – sobre estas matérias.
São os políticos que, desconhecedores da realidade – mas conhecedores dos efeitos dos seus empregos – nos impingem uma agenda política que não vão cumprir – por mais influentes que julgam ser.
Para eles – e esses – a política é um meio (de chegaram ao poder e a outras coisas) e não um fim para contribuírem para uma sociedade mais justa.
Antes de eleitos, já são reféns – de interesses imorais – porque assumem compromissos sem saber se os podem cumprir.
Neste folclore político, filmado e retratado, reportado – só falta mesmo compactá-lo em podcast – os políticos mostram mais porque querem ir para o poder – utilizando a sua imagem, porventura relações prosmíscuas anteriores – tácticas avulsas de marketing, agrupando-se em sindicatos de voto, e juntando-se num café qualquer dividindo o poder que querem conquistar entre os que mais votos dão ao chef(e)…
Quanto a ideias, medidas, isso é uma chatice que ninguém quer assumir…
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