Têxteis-lar: uma boa marca do Norte

Data:

Reportagem 2024

Dentro da importante cadeia de valor do têxtil e vestuário, o segmento dos têxteis-lar tem grande importância, pela sua dimensão exportadora, nomeadamente para os mercados estratégicos da América da Norte e Golfo Arábico, bem como pelo seu posicionamento no muito relevante setor do habitat, em habitações ou em infraestruturas hoteleiras.

Neste contexto, o design é uma palavra-chave que deve ser conjugada em abordagens integradas com os setores do mobiliário, da decoração e de tudo o mais presente nos espaços em que residimos, trabalhamos ou fruímos, incluindo os dispositivos de domótica. Esta é uma aposta que as empresas de têxteis-lar da Região Norte têm vindo a desenvolver, mas que importa reforçar no contexto dos atuais e futuros desafios da indústria e das mudanças de comportamento de consumidores.

A transição energético-ambiental é incontornável para toda a fileira têxtil, na dimensão interna, nomeadamente nas fontes e eficiência energética do setor produtivo; bem como na pegada do ciclo de vida dos produtos fabricados. Neste âmbito, continuarão a ser acentuadas as tendências para utilização de matérias-primas de origem natural ou recicladas, fazendo apelo a novas abordagens na conceção de produtos, nomeadamente o ecodesign.

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A transição digital também deverá ser aprofundada nos processos de gestão e produtivo, incluindo a robotização de operações, bem como no incremento das funcionalidades dos produtos a partir de sensorização ou incorporação de funções inteligentes capazes de garantir novas dimensões à experiência de utilização. O digital também continuará a transformar a interação com clientes, nos contextos de venda e de fidelização, num processo cada vez mais integrado com a referida interação do utilizador.

Mas o principal desafio do segmento dos têxteis-lar, como de toda a indústria da Região e do País é a subida nas cadeias de valor integram, aumentado o valor acrescentado dos respetivos produtos, essencial à alimentação de um círculo vicioso que potencie a melhoria de salários e de investimentos de marketing e de atualização tecnológica. Vencer este desafio exige estratégias de gestão com grande centralidade na inovação e no ambiente (como é o caso da ESG – governança ambiental, social e corporativa). Exige resolver uma equação equilibrada entre design, funcionalidade e impactos ambientais, reais e percecionados.

Como já aconteceu no passado a indústria do sector e os centros de conhecimento e inovação da Região, saberão encontrar as respostas mais adequadas aos conturbados tempos de incerteza, mas também de muitas oportunidades, que continuarão a marcar esta terceira década do século XXI.

António Cunha, presidente CCDR-Norte

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