No futebol é assim: os jogos entre clubes próximos no mesmo território, não deixam ninguém indiferente: jogadores, treinadores, dirigentes, adeptos.
Em cada época de futebol, joga-se há várias temporadas futebolísticas um Moreirense-Vitória ou vice-versa. Esta época, quem vai estar no banco são dois treinadores aparentemente distanciados da emoção do jogo mas incapazes de ‘desligar o contador’ da competição.
E vamos em frente, dirão, acentuando um fair-play que não acentua rivalidades que as não há apenas no relvado e por um período de pouco mais de 90 minutos.
Rui Borges, treinador da equipa que veste verde e branco, desbrava a partida do facto de ser entre rivais do mesmo território e do mesmo concelho.
Agora, o dérbi é outro, dirão alguns porque quem joga em cada uma das duas equipas adversárias apenas temporariamente e durante o jogo, tem mais vida – e campeonato – para além deste encontro que o calendário ditou que fosse à 10ª jornada.
No relvado, vão estar apenas profissionais, muitos deles de outros países e continentes, até de raças, que disputaram esta partida apenas como mais uma etapa desta competição.
Daí que o conceito de dérbi já não seja o mesmo de outros tempos, completo, em que os jogadores de um lado conhecem os do outro. Em que os clubes se transformaram em sociedades desportivas, com outros interesses a defender.
Rui Borges sabe disso e classifica o Moreirense-Vitória como “um jogo mais fervoroso”; Álvaro Pacheco sabe que jogos assim “têm sempre uma carga emocional que enriquece o futebol e que agrada os adeptos”.
Por isso, lá dentro das quatro linhas, os objectivos são os mesmos: o treinador do Vitória deseja que os seus jogadores “sintam orgulho no desempenho que vão ter amanhã, que estejam focados, que se apaixonem e se dediquem, que se divirtam e que procurem conquistar os três pontos”; o treinador do Moreirense acredita num “bom jogo” e quer que a sua equipa continue a ser regular. Acrescenta que “quero sentir este jogo, diferente mesmo para mim enquanto treinador”.
Moreirense e Vitória têm as suas equipa motivadas, pelos resultados, pelo trabalho dos seus treinadores. Borges quer “dar um passo de cada vez”, na sua carreira de treinador do Moreirense; Pacheco pensa “no presente” e encarar um futuro, jogo após jogo, sem saltar o calendário. Salienta que o importante “é dar continuidade ao nosso crescimento, à nossa ambição, à vontade que temos de conquistar e evoluir”. E sobre o resultado do jogo, conquistar os três pontos garante a felicidade dos adeptos vitorianos.
Nenhum treinador se queixa da falta deste ou daquele jogador do plantel. Todos dizem que vão jogar os melhores e mais aptos. Porque são 11 contra 11 e nenhum treinador vê razão para alterar a filosofia de jogo, a equipa – salvo por lesão – a estratégia porque o Moreirense-Vitória é apenas o jogo da 10ª jornada, com três pontos para disputar e um apenas para dividir.
Mesmo com o tempo incerto, Álvaro Pacheco defende que “aquilo que a minha equipa tem demonstrado é uma grande capacidade de se adaptar e a inteligência de perceber quais são as soluções para os problemas que vamos encontrando”; Rui Borges nem fala sobre o que acontecerá amanhã em termos meteorológicos.
Assim, ambas as equipas e os seus responsáveis, conhecem o suficiente sobre as fraquezas ou virtudes do adversário, num jogo que pode ser vivo, bem disputado, dada a competitividade existente no campeonato português.
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