Com Rafik Guitane (um francês de origem argelina) e Cassiano (brasileiro) o Estoril fez tudo para ganhar o jogo na primeira parte: marcou dois golos, falhou alguns mais.
Só que o jogo não acabou aos 45’+2’… O Vitória renascia das cinzas, depois do intervalo, e iniciava uma caminhada para o triunfo que fez lembrar os tempos de Moreno, em que a luta era mesmo até ao fim.
O Estoril deixava no D. Afonso Henriques a certeza de quem nem a classificação corresponde ao valor de um plantel.
Nunca tremeu nem com os sete cantos que o Vitória teve a seu favor nos 45’+2′, não abalou a sua defesa com o intenso chuveirinho do adversário e dos vários cruzamentos que passaram à frente da sua baliza.
Até então, o Estoril sabia o que fazer, o Vitória não.
Mas com o vermelho exibido a Holsgrove, a equipa canarinha ficou reduzida a 10 e a sua estratégia começou, por aí, a ruir.
Na segunda parte, o Vitória insistiu com o seu jogo, pressionou o Estoril, beneficiou de cantos, os cruzamentos voltaram a fazer a bola passar à frente da baliza.
O Estoril encolheu-se, depois de ter emagrecido no número de jogadores, e só voltou a entrar na área do Vitória quando Rafik (66′) não conseguiu rematar.
Agora, animada pelo golo de André Silva (56′), a equipa vitoriana mostrou como a sua atitude mudou o destino do jogo, mesmo com uma desvantagem de dois golos.
João Mendes (69’), com a sua rebeldia e o seu remate forte, impôs o 2-2 e as portas do triunfo ficaram abertas.
Era uma questão de tempo porque mesmo com as alterações feitas nas duas equipas, o jogo pendia para o lado vitoriano, num frenesim que atormentou a intermediária estorilista, face ao vendaval de jogo atacante da equipa de Paulo Turra.
O Vitória voltava com a sua alma de conquistador e como já tinha sofrido com os dois golos de vantagem que deu ao Estoril que teve oportunidades para mais, gozava agora da vantagem de estar mais perto de ganhar.
E isso aconteceu quando Safira (90’+3′) viu um defesa do Estoril chutar contra o seu pé que o árbitro Miguel Nogueira sancionou como falta passível de grande penalidade e depois do VAR vendo as imagens não mudou de opinião.
Para gáudio dos 15 101 espectadores, o Vitória volta a ganhar com muita raça – que deve ter em todos os jogos – sofrendo para ganhar e exultando depois com um triunfo bem suado.
Marinho Peres foi lembrado neste jogo, antes do seu começo, ele que também teve momentos de sofrimento e de euforia quando era treinador do clube naquilo que ainda é a melhor época de sempre.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Jorge Fernandes, Manu Silva, Tomás Ribeiro (Safira 45’), Bruno Gaspar, Tiago Silva (André André 80’), Tomás Händel (Zé Carlos 45’), João Mendes (Nuno Santos 80’), Afonso Freitas (Nelson da Luz 45’), Jota Silva, André Silva.
Amarelos: João Mendes (28’), Manu Silva (53’), Jota Silva (54’), Tiago Silva (70’).
Golos: André Silva (56’), João Mendes (69’), Safira (93’).
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