O conselho vitoriano nomeado pela actual direcção anuncia a sua demissão, por unanimidade, dos seus membros, evitando ser ‘olhado de lado’ pelos órgãos sociais do Vitória.
A causa próxima desta demissão está na “postura interventiva” de um órgão eleito à margem das eleições do clube e nomeado pela actual direcção e depois eleito pelos sócios.
Ao intervir nas assembleias gerais de 3 de Março e 19 de Maio, deste ano, para que fossem esclarecidos os termos do acordo celebrado entre o Vitória Sport Clube – Futebol SAD e a VSports, o Conselho Vitoriano considera que, afinal, o tempo confirmou “a pertinência dessas intervenções, bem como de todas as reservas manifestadas em relação aos termos do acordo”.
Apesar da razão que julga estar do seu lado, pois, “sempre pautou o seu comportamento pelo fiel cumprimento das suas competências estatutárias e das linhas de orientação que tinha acordado com a direcção no início do seu mandato”, o comunicado deixa claro que o órgão “tem constatado que o tratamento que lhe é dado por outros órgãos sociais, têm vindo a deteriorar-se progressivamente”.
E dá como exemplo, o facto de o “Conselho Vitoriano não ter sido consultado, nem sequer informado, acerca da sua marcação ou da proposta de alteração estatutária”, relativamente à agenda da próxima assembleia geral, de 6 de Outubro, cujos pontos tomou conhecimento apenas pela comunicação social.
Neste contexto, entendem os membros do Conselho Vitoriano que “a direcção não conta mais com a colaboração deste órgão”, ano e meio depois de ter entrado em funcionamento.
Assim, evita-se “uma situação que se tornou insustentável para o normal funcionamento da instituição”.
Entretanto, o comunicado do órgão presidido por Miguel Salazar foi publicado no site do Vitória, com uma posição da direcção de António Miguel Cardoso, nomeadamente condenando o timing da publicação desta decisão.
A direcção considera que “estamos na véspera de um jogo importante para a equipa principal de futebol” e, por isso, sugeriu o “adiamento da divulgação desta demissão, para 48 horas depois”.
E deixa para “momento oportuno” a explicação dos reais motivos que levaram a esta tomada de posição e ao progressivo afastamento de todos os outros órgãos sociais deste Conselho Vitoriano, confirmando a existência da tensão entre os órgãos sociais e um órgão cujos elementos são por si nomeados.
© 2023 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.