O treinador alimenta a euforia vitoriana dos primeiros triunfos da época para acicatar os jogadores no jogo de amanhã com o Benfica, na Luz.
Para já, a retórica de Paulo Turra acompanha o bom momento que o Vitória vive por ter ganho os três primeiros jogos da Liga Portugal. É natural, pois, que o treinador não deixe de elevar e potenciar a moral dos jogadores, decorrente dos resultados e do bom ambiente no seio da equipa.
Jogar com o Benfica, agora, é, naturalmente, mais um jogo e, independentemente do adversário, o treinador lembra que “temos um caminho para cumprir dentro das nossas ideias”. Reconhece que “as três vitórias que somamos no campeonato dão-nos mais energia e a certeza de que estamos no caminho certo”, factor que não impede a equipa de respeitar todos os adversários, mas jamais temê-los.
“Queremos uma equipa intensa e que sabe o que fazer com bola e sem bola.”
Esta convicção de Paulo Turra baseia-se no trabalho da equipa ao longo da semana. Um trabalho que gera expectativas e que é feito com a aceitação dos métodos do treinador pelos jogadores. “Queremos ser Vitória na Luz, é isso que temos em mente; queremos uma equipa intensa e que sabe o que fazer com bola e sem bola, terá de ser muito agressiva porque o adversário é forte, mas temos as nossas convicções e ideias e vamos implantá-las durante o jogo”.
Sobre a liderança resultante dos três triunfos no início da época, o treinador explica que eles têm servido para fazer perceber aos jogadores que os triunfos são fruto do trabalho: jogar com intensidade, fazer prevalecer o valor próprio da equipa e saber que o adversário tem potencial, ajuda à estratégia que é ensaiada, para cada jogo, semana a semana. Turra quer uma equipa activa que domine o jogo, empurre o adversário para o seu reduto e ter a bola em seu poder, é abrir as portas de bons de resultados.
“É esta identidade que estamos a criar”, disse o treinador quando falou sobre o jogo com o Benfica, de amanhã. Uma identidade que “terá de ser mais vincada”, que se torne padrão e seja uma marca da própria equipa.
O Vitória vai a Lisboa ainda com dois jogadores em dúvida. Afonso Freitas e Bruno Gaspar são elogiados pelo treinador pelo sua prestação no treino da semana depois de terem saído mais cedo do jogo com o Vizela. Porém, não se incomoda com as dúvidas porque olha para o plantel e sabe que quem os substituir “irá manter o nível à Vitória”.
“Quero é que o Vitória jogue à Vitória, com intensidade, com posse de bola e verticalidade. Sem bola, marcaremos de imediato o nosso adversário. É isso que me interessa. Quanto ao resultado… esse irá reflectir o nosso trabalho durante o jogo, Trabalhámos muito ao longo da semana, com muito foco e de forma cirúrgica, de modo a fazermos uma bela partida, tudo isso dentro dos nossos parâmetros em termos de comportamentos. O Vitória tem de jogar com muita intensidade e identificado com o ambiente da cidade” – declarou o treinador sobre qual o resultado que espera conseguir na Luz.
Também o fecho do mercado que se regista hoje (1 Setembro), o treinador reconhece que “está alinhado com a administração da sociedade desportiva”. E atentos. Mas não esconde que “tenho é de dar ênfase ao que disponho e o actual plantel dá-me garantias”, repetindo elogios sobre o conjunto de jogadores que é muito bom.
“É um clube muito bem organizado. Entre aspas, está fácil trabalhar no Vitória.”
Sobre o futebol português entende que “a intensidade aumentou significativamente”. E sobre o Vitória reconhece que tem agora uma estrutura muito boa: “das instalações da academia e do Estádio D. Afonso Henriques e ao staff, que dá todo o apoio aos atletas e treinadores. É um clube muito bem organizado. Entre aspas, está fácil trabalhar no Vitória. Passei por cá como jogador, em 2004/05, e sinto que o clube evoluiu bastante. Oferece as condições necessárias para os jogadores realizarem um trabalho de excelência”.
Por fim, a sua situação de treinador, reconhecida no clube, nos treinos, nos jogos, pelos jogadores, é ainda insuficiente à luz dos regulamentos nacionais. Tratando-se apenas de uma questão de equivalências, Paulo Turra informa que a documentação que já chegou ainda não é suficiente para ser o treinador principal no banco.
“O clube empenhou-se ao máximo no sentido de que sejam reconhecidas as habilitações que obtive na América do Sul” – esclarece. Porém e “apesar disso, a experiência do primeiro jogo foi muito engraçada, contando no banco com o Rui e o Douglas. Estiveram sempre muito atentos e organizados na transmissão das mensagens. Este é um momento de calma e paciência. Acredito que as minhas licenças serão equiparadas. Até lá, trabalho a dobrar ao longo da semana para que as minhas mensagens sejam compreendidas pelo grupo. Há que ter calma e confiança. Esse processo vai chegar a bom porto. Em princípio, serei treinador-adjunto na ficha do próximo jogo” – concluiu.
Foto ©Vitória SC
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