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Sábado, Novembro 23, 2024

Urgezes: deputado da assembleia de freguesia questiona obra de Tardoz do Vila

Economia

O deputado da assembleia de freguesia de Urgezes, Jorge Santos, levantou questões acerca do custo e funcionalidade da obra do Tardoz do Centro Comercial Villa, chamando atenção sobre a “transparência dos processos”.

No comunicado enviado à imprensa, o deputado começa por explicar que em 2017, aquando da sua primeira candidatura à junta de freguesia de Urgezes, deu início a uma luta para que a obra situada nas traseiras do Centro Comercial Villa fosse uma realidade num futuro próximo. Parabeniza, por isso, a autarquia vimaranense, na pessoa de Domingos Bragança, pela execução da obra.

Explicando que a obra teve, como previsão, um custo de cerca de um milhão e 445 mil euros, Jorge Santos refere que “ao que tudo indica, o custo da referida requalificação já ultrapassou o valor estimado”. Admite não saber se “neste valor estará contemplado o valor a ser pago pelas terras adquiridas”.

“E que garantias teremos sobre este material em termos futuros…”

Enquanto deputado da assembleia de Urgezes, levanta as seguintes questões: “O porquê da colocação de um tipo de material cerâmico numa zona destas, quando o mesmo acresce ao custo da obra por metro quadrado, em pelo menos, o dobro face à colocação dos normais materiais usados para este tipo de requalificação? O mesmo material de igual forma fez com que a obra demorasse mais tempo na sua realização o que por si só já é um enorme constrangimento e aumento de custos? E que garantias teremos sobre este material em termos futuros… Não será prioridade para nós gerirmos o dinheiro do erário público como se fosse o nosso dinheiro e geri-lo bem?”.

📸 Direitos Reservados

Jorge Santos faz referência a um ditado popular que remonta à separação de Júlio César da sua segunda mulher: “À mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta”. Com isto, o deputado pretende chamar a atenção de que “quando alguém é chamado a ocupar cargos públicos, deve levar em linha de conta a assunção das responsabilidades, a transparência dos processos e o exercício acrescido de uma responsabilidade sobre o dinheiro de todos nós”.

Na nota de imprensa, reconhece que ficou um espaço “muito mais aprazível e reorganizado”, mas argumenta que “nem tudo o que reluz é ouro”. Por isso, levanta a questão sobre a funcionalidade de uma parte da obra que procura responder a um possível maior caudal de água que poderá vir a ser provocado em tempo das chuvas: “A grelha central não me parece suficiente para responder a esse propósito e por esse motivo poderá vir a provocar inundações nos armazéns e garagens deste local”.

“Os autarcas pediram paciência aos comerciantes, não deram foi alternativas para aguentarem as lojas.”

O deputado salienta, ainda, que o “demorado tempo de execução desta obra” (cerca de dois anos) terá provocado, no Centro Comercial Villa, a “machadada final” a muitos comerciantes e que mesmo com a obra pronta vão fechar os seus espaços comerciais. “Juntando a conjuntura económica que o país atravessa, em especial o comércio de rua, tivemos aqui na avenida D. João IV, quase dois anos, em que os clientes (que eram já poucos) não tinham onde estacionar, para se dirigirem ao comércio do Centro Comercial Villa e artérias”, argumenta. Refere que, em dois anos, seis lojas de comércio do centro fecharam portas e “mais vão a caminho nos próximos meses”. “Os autarcas pediram paciência aos comerciantes, não deram foi alternativas para aguentarem as lojas. Anos de trabalho, que em poucos meses foram por “água abaixo” e ninguém os ouviu”, reitera.

📸 GA!

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