Hoje, dia 16 de Novembro, o movimento Os Mesmos de Sempre a Pagar levou a cabo buzinões nos concelhos de Braga e de Guimarães contra a especulação e aumento do custo de vida.
O protesto decorreu na manhã desta Quarta-feira, junto ao espelho de água existente nas imediações da Escola Secundária Francisco de Holanda, em Guimarães, e na rotunda das piscinas da Rodovia, em Braga.
Cerca de duas dezenas de pessoas concentraram-se e apelaram à adesão dos automobilistas na cidade berço. Na capital de distrito, os manifestantes incentivaram, com cartazes, os condutores que por ali passavam a buzinar e foram muitos os que mostraram o seu apoio à causa.
Buzinão em Braga. 📸 Direitos Reservados
O movimento tem por objetivo contestar contra o aumento dos preços e custo de vida. “Todos os dias sobem os preços, todos os meses os nossos ordenados e pensões ficam mais pequenos. A guerra tem as costas largas, as sanções caem-nos em cima e o governo não faz nada para parar a especulação desenfreada. É preciso impor que os combustíveis, a alimentação, os transportes, os medicamentos, as rendas e todos os bens essenciais tenham preços justos e suportáveis para a maioria. Mesmo antes da guerra na Ucrânia os preços já estavam a subir. Há quem lucre com a desgraça alheia”, lê-se em comunicado.
“Estamos todos no mesmo mar, mas não vamos no mesmo barco”.
Acrescentam, ainda, que “a crise não tocou toda a gente da mesma maneira, estamos todos no mesmo mar, mas não vamos no mesmo barco. Uns pagam e outros lucram e muito, vejam-se os lucros da GALP, do Pingo Doce, Sonae, da EDP e dos Bancos”.
Em comunicado, o movimento apela a que todos os que se sentem indignados “se unam para travar este processo de roubo que está em curso, que, por diversas formas e em diferentes locais nos próximos dias, demonstrem a vossa indignação e exijam ao governo medidas concretas para impedir que, mais uma vez, haja quem se aproveite da crise”.
Os Mesmos de Sempre a Pagar reivindicam, por isso, “a fixação e regulação dos preços dos combustíveis, da energia e de todos os bens essenciais em particular dos bens alimentares; a imediata redução do IVA de 13% para os 6% no gás e de 23% para os 6% na electricidade e que os dividendos das grandes empresas sejam, neste momento de crise, desviados das contas dos accionistas para um fundo de emergência nacional para responder ao aumento do custo de vida”.
O manifesto termina com a invocação: “Travar o aumento do custo de vida é garantir condições de vida para a maioria, mas é também parar o roubo e o aproveitamento por parte dos mesmos de sempre. Será pedir muito que não sobre sempre para os mesmos pagar a crise dos outros?”
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