A oposição questionou o presidente da Câmara acerca das obras necessárias em cinco dos bairros sociais da cidade.
Em resposta, a Câmara Municipal confirmou que a requalificação dos sete blocos da Emboladoura vai avançar. Hugo Ribeiro, da coligação Juntos por Guimarães, pediu esclarecimentos ao presidente da Câmara acerca da situação precária dos cinco bairros do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) – Nossa Senhora da Conceição, São Gonçalo, Atouguia, Feijoeira e Emboladoura. “Uma vez que estes bairros estão sob a tutela do IRHU, a gestão socialista da Câmara tem usado esse argumento para não assumir as suas responsabilidades na resolução dos problemas destas pessoas”, acusou.
O social democrata ilustrou algumas das situações que encontrou nestes bairros, particularmente na Emboladoura onde, nos prédios “cobertos com telha de amianto, há infiltrações de águas que inundam fracções devolutas”.
Acrescentou que os moradores “queixam-se que nem mesmo voluntariando-se para limpar estas fracções devolutas conseguem a colaboração do IRHU”.
Expôs, também, o cenário no bairro da Nossa Senhora da Conceição, que foi sujeito a uma intervenção em 2011, mas onde “os problemas persistem”.
“Ficamos a saber que os moradores de um dos prédios têm de recorrer a uma artimanha com uma corda para fazer funcionar o único elevador que resiste”, relata.
Hugo Ribeiro descreveu, ainda, a situação de uma menina com síndrome de Williams – causada por uma alteração no cromossoma 7, que pode levar a várias malformações físicas – cuja mãe “passa um martírio para subir e descer diariamente com a cadeira de rodas”.
O deputado abordou algumas das anteriores soluções que passavam “pela construção a custos controlados, incentivos à realização de obras e subsídios ao arrendamento, num pacote de investimento de mais de 26 milhões euros a dividir por seis anos”. A somar a este valor, no contexto da Estratégia Local de Habitação, o ministro com a pasta da Habitação, Pedro Nuno Santos “veio a Guimarães prometer 13 milhões, dos quais 11,5 a fundo perdido”.
O vereador do PSD levantou uma série de questões relativamente à quantidade de dinheiro que já foi investido, quantos casos foram resolvidos, perspectivas para inícios das obras e que esforços estão a ser feitos junto das tutelas dos bairros.
Em resposta, a vereadora com a pasta da Acção Social, Paula Oliveira, afirmou que o processo de requalificação “já se iniciou há bastante tempo”. Revelou que um dos “entraves” às obras prende-se com a “propriedade mista das fracções”, mas que “os proprietários foram todos incluídos na Estratégia Local de habitação, em diálogo contínuo com o IHRU e três associações de moradores”.
Paula Oliveira confirmou que as obras de requalificação do bairro da Emboladoura irão iniciar-se em breve e que “já deu, inclusive, entrada nos serviços da Câmara o pedido de ocupação de espaço público para estaleiro do próprio empreiteiro a quem foi adjudicada a obra”.
Adianta que “são sete blocos, e a obra custa entre seis e sete milhões de euros”. Quanto ao papel da Câmara Municipal, fez questão de referir que o município foi convidado e tem marcado presença em todas as reuniões de condomínio.
A vereadora garantiu, ainda, a colaboração com o poder central, referindo que a secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, já se deslocou a Guimarães “pelo menos quatro vezes desde o início do seu mandato”, para reuniões com associações de moradores.
“A secretária de Estado da Habitação está muito empenhada na resolução deste problema e num desfecho positivo”.
Acrescentou que, em relação à actualização das rendas dos habitantes, “a secretária de Estado da Habitação está muito empenhada na resolução deste problema e num desfecho positivo”. Há várias rendas em atraso para com o IHRU, devido aos aumentos de preço que não são compatíveis com as possibilidades financeiras das famílias que vivem nesses bairros.
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