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Domingo, Novembro 24, 2024
Miguel Leite
Miguel Leite
Natural de Guimarães, fisioterapeuta licenciado, com mais de 10 anos de experiência profissional, tendo já tido várias experiências profissionais (meio hospitalar, clínica, ensino especial em escolas e meio desportivo/desporto de alta competição). É também pós graduado em fisiologia do exercício e fisioterapia cardiorrespiratória. Têm outras formações complementares relacionadas com a sua profissão. Faz parte dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, pertencendo desta forma ao atual corpo ativo da corporação vimaranense.

Muro de Betão

Inúmeros são os casos relatados de profissionais de saúde agredidos no seu local de trabalho, sendo esta uma situação crescente nos últimos anos.

Sendo a saúde um pilar fundamental do nosso percurso em vida, e os profissionais de saúde elementos chave em todo o processo de cura, porque será que estes acontecimentos lamentáveis continuam a persistir?

A agressão física ou verbal para existir, terá que ter em princípio, uma causa que desencadeie uma determinada reação de um indivíduo para que este realize uma intervenção direta sobre alguém.

Obviamente que em alguns casos, certas condutas que apresentem um início súbito e que infrinjam aquilo em que consiste a segurança física e mental de uma pessoa, sem pré-existir uma causalidade neste processo, leva-me a crer que existirá aqui um distúrbio comportamental que terá que ser devidamente avaliado por profissionais devidamente formados na área do comportamento humano.

Qualquer tipo de agressão, com ou sem causa não pode nem deve ser vulgarizada, pois seria o início de uma anarquia sem precedentes.

Reafirmo que qualquer tipo de agressão, com ou sem causa não pode nem deve ser vulgarizada, pois seria o início de uma anarquia sem precedentes.

Em contexto de sociedade seria de esperar uma comunicação aberta entre todos, no entanto, em situação de stress induzido por uma posição extrema raramente isso acontece, despoletando quase sempre alterações no comportamento humano, muitas vezes caracterizado por agressões que podem pôr mesmo em causa a vida de alguém.

Vários fatores podem originar essas ocorrências, desde uma falta de clareza na passagem de informação entre o profissional de saúde e o utente ou vice-versa; longos tempos de espera num atendimento de um determinado ato de saúde (consulta, episódio de urgência, entre outros); episódio crítico (perda eminente de uma vida humana); postura desajustada perante um momento de sofrimento de alguém; indivíduos sem uma base educacional estruturada; atitudes que são o reflexo de uma utilização “desgovernada” de um mundo virtual sem barreiras ou limites capazes de instrumentar ações condizentes com o habitat que é comum a todos.

É urgente todos nós ajustarmos as nossas ações! Refletir sobre as nossas posições é um bom princípio.

A saúde, neste caso concreto, tem que ser de todos, mas para isso é preciso dar o espaço necessário para os seus profissionais desempenharem as suas funções com a máxima dedicação e entrega possível. Por outro lado, o utente tem que ser esclarecido em cada momento, não devendo existir barreiras comunicativas na hora de abordar este, mesmo que tenha que se arranjar estratégias facilitadoras para que o mesmo não tenha qualquer tipo de dúvidas em todo o caminho que vai ter que percorrer.

A violência não salva vidas, a violência não garante respostas, a violência não é o caminho para a resolução de conflito. Por outro lado, a comunicação com respeito permite de forma harmoniosa criar uma base sustentada para concretizar um determinado objetivo com sucesso.

© 2022 Guimarães, agora!


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