O Banco Central Europeu divulgou um estudo sobre o impactos dos riscos climáticos nas empresas.
Os avisos de reguladores e supervisores financeiros sobre gestão de riscos climáticos e ambientais começam a ser escutados pela banca nacional.
Sendo Portugal, um dos cinco países da Europa do Sul que apresenta “maiores vulnerabilidades” nesta matéria, os bancos dão já sinais de poder enfrentar os testes de “stress” a que serão submetidos em 2022 pelo Banco Central Europeu.
Neste contexto, os riscos climáticos passarão a assumir importância na ponderação do esforço de cada instituição para efeitos de supervisão.
A primeira emissão de obrigações sustentáveis da banca nacional, colocada no passado mês de Setembro pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), no montante de 500 milhões de euros, a seis anos e uma taxa final de 0,4%, é um primeiro sinal.
O Banco Comercial Português propôs-se captar mais de 500 milhões de euros na sua primeira emissão de dívida sustentável. As duas emissões enquadram-se no financiamento de operações de crédito nos sectores do ambiente e social, no meio financeiro rotuladas de ESG (acrónimo, em inglês, para “Environmental, Social and Governance”).
Uma semana depois de a CGD ter concretizado, com sucesso, a primeira emissão de obrigações “verdes” da banca portuguesa, o BCE, em Frankfurt, divulgava os resultados dos testes de ‘stress’ climático que fez a cerca de quatro milhões de sociedades não-financeiras, por todo o mundo, e a 1.600 grupos bancários da Zona Euro, fazendo soar alguns alertas.
Entre nós, o Banco de Portugal (BdP), em Abril passado, dirigiu uma carta circular aos operadores bancários e instituições de crédito sobre o assunto. Chamou a atenção para a publicação pelo BCE, em Novembro do ano passado, de um “guia” sobre os riscos climáticos e ambientais, onde colaborou na sua elaboração, e deixou claro que “o diálogo de supervisão passará a integrar estas matérias a partir do segundo trimestre de 2022”.
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