O 24 de Junho de 1128 é comemorado em Guimarães assinalando diferentes registos históricos. É o dia em que evoca a Batalha São Mamede, é a marca do que se convencionou chamar o Dia UM de Portugal, e o dia do feriado municipal.
Contudo, apesar de se comemorar factos decisivos do nosso percurso colectivo, Guimarães tendo sido a primeira capital portuguesa, ainda não teve há quase 900 anos o reconhecimento de uma data nacional para celebrar, de forma diferente.
Quando se fala do nascimento de Portugal quase todos convergem para o dia 24 de Junho e para a Batalha de São Mamede. Na comunidade científica mais ilustre e informada, a aceitação é bastante alargada sobre a aceitação do 24 de Junho de 1128 como sendo o Dia UM de Portugal.
Guimarães com mais ou menos figuras ilustres presentes nas cerimónias oficiais, comemora mais o 24 de Junho como uma data nacional do que um mero dia de feriado municipal.
O programa elaborado para esta data, segue um modelo instituído há alguns anos em que se a Feira Afonsina alarga as comemorações, evocando, lembrando, e elegendo Dom Afonso Henriques como o “santo” da festa e causador de toda a animação em volta da cidade histórica e do Monte Latito.
A Feira Afonsina, na sua 13.ª edição vai abordar ‘A Investidura de Afonso Henriques’, alargada a cinco dias de recriação histórica, decorre de 20 a 24 de Junho. O evento incluirá seis áreas temáticas distintas, a participação de 20 associações locais nas zonas de iguarias, e um aumento de 94 para 105 postos na zona de ‘Mercadores’. A componente de animação contará com a presença de mais de 150 artistas, com actuações nas áreas da música, dança, teatro, artes circenses, esgrima histórica, ofícios e cavalaria.
As cerimónias evocativas do 24 de Junho de 1128, data da Batalha de São Mamede, terão início com o tradicional hastear das bandeiras e, como novidade este ano, a actuação dos ‘Moixiganguers d’Igualada’, às 12h00, no exterior do Paço dos Duques de Bragança.
As celebrações culminam com a sessão solene evocativa do 24 de Junho de 1128, no Campo de São Mamede, que incluirá a aposição de condecorações honoríficas e o concerto da Orquestra de Guimarães com o Coro Comunitário.
“Os feitos da cidade são fruto de um esforço colectivo e do envolvimento comunitário.”
O programa do Dia UM de Portugal foi apresentado no Largo da Condessa do Juncal. O vereador da Cultura, Miguel Oliveira, destacou a importância da “história e identidade de Guimarães”, sublinhando que “os feitos da cidade são fruto de um esforço colectivo e do envolvimento comunitário”.
Destacou também a importância das comemorações do Dia UM de Portugal na vertente científica, institucional e lúdica, e o desejo de ver esta data “reconhecida como feriado nacional”, que mais não é do que se fazer justiça, não só à história de Guimarães, mas à própria história de Portugal. Apelou, ainda, à participação da população e a uma valorização do investimento feito, numa expectativa de melhorar qualidade e afluência do evento.
Entretanto, na apresentação oficial das celebrações do Dia UM de Portugal, conferência de imprensa contou, para além de Miguel Oliveira, vereador da Cultura, com Antero Ferreira, da comissão organizadora das Jornadas Históricas de Guimarães e de Paulo Covas, da Divisão de Cultura da Câmara Municipal.
Recorde-se que, ontem, as Jornadas Históricas, um evento de carácter científico que visa dar visibilidade à investigação sobre os períodos medieval e moderno, foi o primeiro acto destas comemorações.
Já na sua sexta edição, estas jornadas têm-se centrado em várias figuras históricas associadas a Guimarães. Este ano, o destaque vai para Dom Dinis, sublinhando o seu papel na transformação urbanística da cidade, nomeadamente na construção dos muros e torres da vila.
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