Norte: cresceu acima da média nacional entre 2000 e 2022

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A CCDR-Norte publicou uma nova edição do boletim Norte Estrutura, dedicada ao crescimento económico da região norte no contexto nacional e europeu de 2000 a 2022.

De acordo com este estudo, neste período, o crescimento económico médio anual do norte foi de 1,0%, um valor superior ao nacional (0,8%), mas inferior ao da média dos estados-membros da UE27 (1,4%). Este intervalo ficou ainda assinalado pela divergência real do norte e de Portugal no contexto europeu.

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Num período de 23 anos composto por vários ciclos económicos analisados neste boletim, a economia da região mostrou-se mais resiliente do que a nacional em contexto de crise e mais pujante em períodos de expansão, resultante do modelo industrial mais aberto ao exterior e da maior diversificação de mercados.

O maior ritmo de crescimento económico do norte no quadro nacional e europeu ocorreu no período anterior à crise pandémica, marcado por factores como o aumento simultâneo do emprego e da produtividade, o reforço da internacionalização e o incremento da componente tecnológica dos bens exportados. Neste intervalo, entre 2013 e 2019, o crescimento económico médio anual do norte foi de 2,8%, que compara com 2,3% em Portugal e 2,1% na UE27. Nesta fase, a região apresenta o maior contributo para o crescimento económico do país, destacando-se a convergência real do norte e de Portugal no quadro europeu.

Em evidente contraste, entre 2000 e 2008, o crescimento económico médio anual do norte foi de 1,0%, um valor inferior ao nacional (1,1%) e ao da UE27 (2,0%). Neste período observou-se a divergência real do norte e de Portugal no contexto europeu, sendo que a área metropolitana de Lisboa foi a que mais contribuiu para o crescimento económico nacional neste período, caracterizado pelo aumento do endividamento externo do país.

A principal conclusão do estudo aponta para a inexistência de evidências que o maior crescimento económico nacional resulta do maior contributo da região mais desenvolvida, a área metropolitana de Lisboa. De facto, ocorreu precisamente o contrário. A economia nacional registou o maior aumento do PIB, na fase em que este foi induzido por um maior contributo do norte. A dimensão populacional e económica da região e o reforço de factores competitivos – como a internacionalização, industrialização e inovação – explicaram o seu dinamismo regional e o seu impacto nacional.

Foto © CCDR-Norte

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