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Guimarães
Sexta-feira, Maio 3, 2024
Vítor Oliveira
Vítor Oliveira
Tem 40 anos e atualmente é Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, depois de ter exercido funções de Adjunto entre 2013 e 2017. Licenciado em Comunicação e Pós-Graduado em Economia Social, foi seis anos Docente Assistente Convidado no Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA) e Diretor Executivo do CyberCentro de Guimarães durante onze anos. Entre 1996 e 2002, trabalhou como jornalista na Empresa Gráfica do Jornal “O Comércio de Guimarães” – GUIMAPRESS e no portal “Diário Digital”.

Guimarães tem… raça!

Temos uma doença contagiosa: somos bairristas! Uma síndrome incurável diagnosticada em tempos primórdios, mas que hoje, volvidos tantos anos, propaga-se de geração em geração. E – estranho – não queremos que descubram a cura! Ser de Guimarães é ter o ADN de um país. É ter os vasos sanguíneos de Afonso Henriques a fervilhar em cada decisão, em cada opinião, atitude ou comportamento mais determinado. O fator impulsionador desta patologia é o fundador de uma Nação cuja imagem identifica, também, o emblema do maior embaixador desportivo da cidade. Acredita-se que a comunidade médica ainda irá avaliar este caso de estudo e determinará a denominação mais apropriada desta “virose”.

Pode-se desde já assegurar que se alastrou a outros concelhos e a muitos pontos do planeta, sobretudo onde haja vimaranenses e vitorianos. Há também adeptos de outros clubes que desejam igual contaminação. Na verdade, têm revelado dificuldades em contrair o “vírus”. E estão em lista de espera… Não há propriamente um SOS ou um plano de contingência. O período de contágio dura uma vida e agrava-se com a idade. É traumático e não tem remédio! Os sintomas começam na garganta e podem atingir outros órgãos vitais. Ficamos afónicos, se tivermos de defender o que é nosso! E gritamos a plenos pulmões: “Guimarães Allez, Allez!”

O Amor a uma cidade e a um clube é assim. Ninguém vai entender! É tão difícil de perceber como a letra de uma receita acabada de prescrever por um médico de família. E lá, no estádio, são imensas as famílias que acompanham de perto quem é “doente” da bola. E que nunca negligenciam um fim de semana sem o seu Vitória ou uma visita ao seu Toural, quando está na hora de regressar de férias. Ainda que seja uma visita… de médico! São rotinas instaladas. São vimaranenses e vitorianos – as células principais de um organismo vivo, que apoia, incentiva e que rejeitam… máscaras!

“Ficamos doentes quando dizem mal de Guimarães. Tocam-nos na ferida! E partem-nos o coração…”

São puros, genuínos. É uma febre que se transmite por contacto direto e os testes médicos não enganam: dá positivo, pela certa! Sem vítimas. Só ataques cardíacos, de quando em vez… Sim, ser Vimaranense é ter o coração de Afonso Henriques fora do peito. Ficamos doentes quando dizem mal de Guimarães. Tocam-nos na ferida! E partem-nos o coração. Até pode haver dor… de alma! Mas estamos vacinados contra qualquer tentativa de intoxicação da opinião pública. Sabemos fazer a triagem do que se diz por aí. Somos… pacientes! É uma doença crónica, enfim.

© 2020 Guimarães, agora!

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