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Terça-feira, Março 19, 2024
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Paulo Branco

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Mergulhado mais de duas décadas no urbanismo e arquitectura, acostumou-se a reflectir sobre a organização humana e os seus efeitos em muitos sítios e cidades, alguns Países, e num único planeta que reclama uma mudança profunda de comportamentos. Amante da leitura e da música, acredita (ingenuamente) que o progresso assenta no desenvolvimento cultural e espiritual do indivíduo e das sociedades esperando que um dia o trabalho seja verdadeiramente libertador e a harmonização entre pessoas e o meio artificial e natural constituam a maior fonte de equilíbrio e felicidade.

BAZUCA

O Luca colou o nariz à janela pela quinta vez desde manhã. Farto do encarceramento, refugia-se no pequeno quarto fugindo às rotinas da salinha e cozinha onde os progenitores passam horas pasmacentas, por vezes tensas, entre vapores de portáteis e panelas a garantir o sustento. A escola apesar das...

Ó mãe, foi ele…

Ao fim de quase um ano de tormenta, contínuas oscilações entre esperança e desalento levam-nos a um estado de decepção que as árvores despidas, os parques e jardins inacessíveis bem retratam. Por todo o lado, parece estender-se uma neblina a turbar a vista canalizando as forças para o cumprimento...

Melhor Ano Novo

No seu Asas do Desejo (Der Himmel über Berlin), Win Wenders e Peter Handke, apresentam-nos uma cidade devastada, dividida por muros num lento e espartilhado processo de reconstrução física e anímica. Assistida por um batalhão de anjos incorpóreos - cuja curiosidade pela condição humana desperta a vontade (a eles...

Bom Natal?

Quando se trata de um lugar, o espaço e o tempo assumem um único e preciso valor deixando de ser abstracção matemática, rigor geométrico ou um assunto de estética; adquirem uma identidade e passam a ser uma referência para a nossa existência enquanto espaço sagrado e secular, pessoal e...

Outono

É já tarde e tolda-se a vista nos ténues reflexos de esparsos raios de um sol desmaiado em vidraças sem alma. A cidade está fria, sépia e cinza, mergulhada num crepúsculo sem sentido que justifique o ser cidade; não há cidade sem maquinar, fervilhar, lombrigar de gente nas ruas-montra, nas...

“Parvónia”

Depois de umas atribuladas férias confinadas à realidade do momento, pouco menos de um mês bastou para que as baterias se descarregassem quase por completo; no reencontro com aquilo que já não era “a vida normal”, assistimos a um aprofundamento da crise sanitária e social esperando-se para breve outros...

A cidade do futuro

Desde a alvorada da civilização, muitas das vagas epidémicas se deveram à deficiente gestão sanitária da hiperconcentração humana em coabitação com animais retirados do seu habitat natural. Igualmente, na sua sede de recursos, muitas civilizações adiantaram a extinção ou fragmentação - veja-se os casos da Ilha da Pascoa ou...

Haja saúde!

Sempre considerei essencial enquadrar o planeamento em lúcidos diagnósticos das fragilidades, potencial de superação e aptidão dos sítios promovendo-se assim um mais conscientemente progresso e inovação. Muitos dos objectivos traçados passam por estancar feridas do ecossistema; na verdade o Vale do Ave, como outros territórios de mão-de-obra pouco especializada,...

Segunda Vaga

As exorbitantes indemnizações do Tratado, às quais se alia “oportunisticamente” a Gripe Espanhola, mergulham sobretudo os vencidos da 1ª Grande Guerra numa profunda depressão, numa perigosa polarização entre o ferido orgulho nacionalista e o excitado internacionalismo de inspiração Bolchevique. “Ultranacionalistas” e “progressistas” degladiar-se-iam nas ruas das cidades, no meio...

A ordem das coisas

Esta crise apanhou-nos desprevenidos! Apesar das negligências e assimetrias de um mundo que corre contra o tempo, nada faria supor que as redentoras ciências e tecnologias não previssem, ou resolvessem de imediato, qualquer surto maligno que pusesse em causa a ordem das coisas. No meio do turbilhão, e de...

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