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Domingo, Novembro 24, 2024

AVH: novo fulgor no associativismo da restauração e turismo

Economia

É uma espécie de oásis depois da queda da velha ACIG – Associação Comercial e Industrial de Guimarães -, acossada por megalomanias insuperáveis. 

E uma das associações que nasceram aumentando o caudal de entidades por sector da economia vimaranense.

A Associação Vimaranense de Hotelaria está virada para a defesa do sector da restauração e da hotelaria. Há dois anos, parece ter renascido fruto da fé e da esperança de alguns em reavivar o movimento associativo em Guimarães.

“A AVH tinha futuro” – dizia então José Diogo Silva que foi o escolhido para presidir à direcção e marcar o rumo do sector, apinhado de pequenos interesses e que nunca tinha assumido uma postura formal e forte enquanto interlocutor sério dos inúmeros pequenos comerciantes que mantém estabelecimentos abertos no centro histórico e em todo o concelho.

Dois anos passaram depressa e o presidente reeleito sustenta que “cumprimos hoje mais uma etapa de um futuro que há dois anos foi sonhado”. Ou seja, a associação sobrevive e cresce, à sombra da defesa e salvaguarda dos “interesses, desejos e vontades de um grupo de empresários vimaranenses”.

E fá-lo com o empenho de dirigentes que corporizam os que saíram, os que continuam e outros que entrarão, ajudando a construir os alicerces da AVH.

José Diogo Silva, presidente AVH. © Paulo Pacheco

“A AVH é um projecto de Guimarães para Guimarães” – defende o presidente empossado rejeitando que a representação da associação seja “um projecto de egos, ambições e desunião”. Antes, “a responsabilidade associativa deve ser algo que temos de ter presentes em todas as acções”, nomeadamente as de “assumir o compromisso de trabalhar em prol dos outros”.

Na sua intervenção como presidente empossado, José Diogo Silva quer dinamizar a associação consciente que “não se muda uma floresta pintando as árvores de outra cor, as florestas mudam com o tempo, com o passar das estações”.

E deseja que a associação tenha também “um papel unificador na sociedade”, com sentido crítico, seguindo o seu caminho e o seu propósito. E não seja “um trampolim para interesses pessoais, sectoriais ou sociais”. Antes, defenda o sector da hotelaria e restauração. “Sabemos bem o sector da sociedade que queremos defender” – sublinhou.

Sobre o trabalho do primeiro mandato, José Diogo Silva rejeitou elencar acções porque, afinal, “não fizemos mais do que a nossa obrigação”

Para o futuro, do seu caderno de encargos consta a valorização do sector pela via do emprego de trabalhadores locais e residentes, por jovens que se identifiquem com o sector e as suas condições de trabalho. Claro, sem dispensar quem se radica em Guimarães provenientes de outros países. “Não há nacionalidades, cor de pele, há apenas pessoas e trabalhadores que têm de ser capacitados”.

“E numa forma de aproximar os mais jovens e com o objectivo de no futuro capacitarmos o sector com mais e melhores quadros, iremos apresentar durante este ano um projecto chamado ‘a AVH nas Escolas’, em parceria com o Município e com as escolas profissionais do concelho, promovendo um curso de hotelaria, restauração e pastelaria”

“Queremos levar a realidade dos nossos associados aos alunos do 9º ano de todas as escolas do concelho; queremos levar-lhes a experiência da cozinha ou a genialidade da gestão de equipamentos hoteleiros”, cativando os jovens para um sector da economia local cada vez mais em crescimento. 

Excelentes, diferenciadores e imaginativos

Sobre o sector deixou a ideia de que “a restauração e da hotelaria são dos que mais riqueza trazem a Guimarães. São milhões, os euros gerados por empresas dos ramos representados pela AVH”, de que as pessoas que nele trabalham “são o rosto de Guimarães para o mundo, de uma cidade amiga, simpática e atenciosa”.

Anunciou, por fim, que o plano de actividades da associação será “responsável, ambicioso e exequível” e no qual constará a proposta a fazer à Câmara Municipal para a organização de uma “fábrica do presente, do turismo, da economia local, da restauração e da hotelaria, de modo a perceber-se que desafios enfrenta o sector e qual o seu futuro em Guimarães”.

Numa sessão bastante participada, que encheu o salão nobre da SMS, o presidente da Câmara, Domingos Bragança, relembrou “o que temos com a AVH”, esclarecendo que “podemos fazer mais”.

Domingos Bragança, presidente Município de Guimarães. © Paulo Pacheco

Recordou a conversa que teve com o Ministro da Economia sobre a classificação de Couros, um acontecimento “pouco divulgado”, o que fez reconhecer a importância de “todos sermos mais conquistadores” para dar a conhecer “o que somos e quem somos”; e “mais imaginativos naquilo que fazemos” pois temos “o cenário e só precisamos de dar a conhecer o quanto somos diferenciadores em cultura e património”.

É isso que pretende fazer “nos momentos mais vibrantes de Guimarães”, como o 24 de Junho ou as Gualterianas. Também nos eventos de rua, como Guimarães Cidade Natal, o Entre Palcos ou a Passagem de Ano, “temos de ser imaginativos” para fazer que Guimarães tenha mais visitantes que frequentem bares e restaurantes.

Destacou que “há acções conjuntas” a implementar, de modo a tirar partido do programa cultural intenso que a cidade oferece, desafiou os vimaranenses, a serem “excelentes” no que fazem, não apenas na “boa cozinha” para que quem venha a Guimarães tenha “uma experiência única” no tempo em que aqui permanece.

A AVH distinguiu pessoas que administram e dão vida a estabelecimentos comerciais da cidade.

© Paulo Pacheco

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