O reitor da Universidade das Nações Unidas (UNU) e subsecretário-geral das Nações Unidas, Tshilidzi Marwala, estará em Portugal, entre 16 e 18 de Outubro, para uma visita à Unidade Operacional em Governação Electrónica da Universidade das Nações Unidas (UNU-EGOV), em Guimarães e diversos encontros, nomeadamente com representantes parlamentares e do Governo português.
À chegada, o reitor da UNU, Tshilidzi Marwala, e a directora da UNU-EGOV, Delfina Soares, estarão disponíveis para responder às questões dos jornalistas, relacionadas, nomeadamente, com a actividade da Universidade das Nações Unidas e o futuro da UNU-EGOV, bem como sobre os impactos do recurso à inteligência artificial generativa, área de investigação principal de Tshilidzi Marwala.
Refira-se que o reitor da UNU é um reconhecido investigador multidisciplinar, envolvendo a teoria e as aplicações da inteligência artificial à engenharia, ciências sociais, economia, política, finanças e medicina. Antes de assumir o cargo de reitor da UNU, a 1 de Março de 2023, Tshilidzi Marwala foi reitor da Universidade de Joanesburgo (África do Sul), tendo passado, enquanto académico e professor convidado, por várias universidades nos EUA, no Reino Unido, na China e na África do Sul, acumulando uma vasta experiência académica, política e de gestão.
Ainda no primeiro dia, o reitor da UNU será recebido pelo presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, nos Paços do Concelho, onde decorrerá uma reunião com a participação do presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, António Cunha, e do reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro.
O reitor da UNU, Tshilidzi Marwala, estará em Braga, onde será recebido pelo reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, na reitoria, no largo do Paço, na Terça-feira. E tem encontro marcado com a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, em Braga.
Quer o reitor da UNU, Tshilidzi Marwala quer a directora da UNU-EGOV, Delfina Soares, serão ouvidos, em audição parlamentar conjunta, em sede da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas da Assembleia da República, em Lisboa.
“Será uma oportunidade para mostrar ao país os esforços que a UNU-EGOV tem desenvolvido para projectar Portugal internacionalmente como país de referência no desenvolvimento e aplicação de boas práticas de governação electrónica e da transformação digital dos governos”, explica Delfina Soares, directora da UNU-EGOV.
Delfina Soares destaca ainda o papel da UNU-EGOV enquanto parceiro estratégico na cooperação activa de Portugal com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), recordando os “diversos projectos desenvolvidos ou em desenvolvimento com, por exemplo, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau. Não sendo uma entidade portuguesa, mas instalada em Portugal, a UNU-EGOV, com o apoio da República Portuguesa, pode emprestar um contributo muito significativo ao objectivo estratégico nacional de aproximação e aprofundamento das relações com os países da CPLP”.
A UNU-EGOV quer ser encarada pelas instituições portuguesas como um parceiro estratégico para a inovação e desenvolvimento de áreas de governação electrónicas tão diversas como a prestação de serviços públicos online aos cidadãos, simplificação administrativa, inclusão digital, literacia digital, participação cívica, governação inteligente de cidades e comunidades.
A UNU-EGOV, prestes a completar dez anos com o apoio e em representação da Universidade das Nações Unidas, sedeada em Tóquio, encontra-se em negociações com o Estado português para que seja reconhecido à Unidade Operacional o estatuto de Instituto.
Além da mudança de estatuto da UNU-EGOV, projecta-se para a próxima década a continuação do crescimento sustentado da unidade, do alargamento da sua rede de colaborações, dentro e fora do sistema das Nações Unidas, e da busca contínua de padrões de excelência na sua operação interna e nas actividades de investigação, assessoria e formação que conduz.
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