Escreveu parte da história de Guimarães, foi sócia-fundadora da Muralha – Associação para a Defesa do Património.
Maria Adelaide Cardoso de Menezes Pereira de Moraes nasceu em Lisboa a 20 de Junho de 1930. Mas Guimarães estava-lhe no sangue pela ascendência de sua mãe Luísa Macedo Menezes, da casa de Margaride. Viveu sempre em Fermentões na casa da família.
Ligar-se-ia à cidade quando integrou os quadros de pessoal do Museu Alberto Sampaio (1978-1994) e a sua actividade de escritora e historiadora foi reconhecida na Academia Portuguesa de História. E nos imensos livros que publicou.
A sua obra literária é extensa e dela contam-se um conjunto de importantes contributos para o património e história vimaranenses: Velhas Casas I a XI (1967-1990); Velhas Casas de Guimarães em dois volumes (2001 e 2002); Eugénia da Cunha Peixota ou O Morgado do Parto Suposto (1977); Guimarães, Terra de Santa Maria (1978); Capelas Vinculadas da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira (1981); Gonçalo Lopes, Mestre de Pedraria (1981); Conversa com o Dr. Alfredo Pimenta (1982); Estes são os Dias de Menezes de Guimarães (1984); Desceram o Monte, Atravessaram o Mar (1987); Raízes Vimaranenses de Alberto Sampaio (1995); Dona Urraca, Dona Sancha, Dona Tereza e Doña Sancha (1996); Ao Redor de Nossa Senhora da Oliveira (1998); 140 Anos do Lar de Santa Estefânia (2000); Genealogias Trágicas de Um Altar Vimaranense (2000); Os Fidalgos do Toural (2001); Cabedais do Brasil em Guimarães (2002); Palácio de Vila Flor (2009); A Dança das Gerações (2014); Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos, (1ª Parte) e com José Couceiro da Costa (2ª Parte).
A Câmara Municipal de Guimarães e o Arquivo Municipal Alfredo Pimenta prestaram-lhe algumas homenagens. Recebeu a Medalha de Ouro da Cidade de Guimarães (1992), o prémio do Instituto Português de Heráldica (2001) e o prémio Engenheiro Duarte do Amaral, instituído pela Sociedade Martins Sarmento.
Foi uma importante figura na Muralha que ajudou a fundar e participou nos seus órgãos sociais desde a primeira direcção até 1991/92, onde, nesse mandato, exerceu funções de presidente da mesa da assembleia geral.
“Ao longo da história da Muralha tivemos da sua parte sempre o contributo e a simpatia de quem se apaixonou pela história e património de Guimarães, tendo partilhado connosco essa mesma paixão através da sua escrita e investigação histórica” – salienta a nota de pesar divulgada pela Associação de Defesa do Património de Guimarães.
Também, o presidente da Câmara, Domingos Bragança, expressou o seu pesar pelo falecimento de Maria Adelaide Moraes.
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