A Assembleia Mundial da Saúde, em 2005, designou um dia especial para agradecer aos dadores e incentivar mais pessoas a darem sangue livremente. A data de 14 de Junho foi instituída em homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, imunologista austríaco que descobriu o factor Rh e as várias diferenças entre os tipos sanguíneos, este ano tem como lema Dê sangue, dê plasma, partilhe a vida, partilhe com frequência.
A caminho da data, a FEPODABES relembra que o sangue é essencial para tratamentos e intervenções urgentes e pode ajudar pacientes que sofrem de condições com risco de vida, além de apoiar procedimentos médicos e cirúrgicos complexos. O sangue também é vital para o tratamento de feridos durante emergências de todos os tipos (desastres naturais, acidentes, conflitos armados) e tem um papel essencial nos cuidados maternos e neonatais.
A associação destaca que, desde 2018, está em funcionamento o programa nacional do fraccionamento do plasma e a sua transformação em medicamentos, programa que a FEPODABES desde sempre considerou como estratégico e fundamental. A utilização do plasma de dadores nacionais permite assim abastecer o país com uma quantidade significativa de medicamentos derivados do plasma, embora ainda insuficiente para o objectivo da autossuficiência.
“Todos os hospitais devem fazer promoção e divulgação da dádiva de sangue mesmo sem colheita de sangue.”
“Além de agradecer aos dadores e dinamizadores da dádiva de sangue e incentivar mais pessoas a começar a fazer a sua dádiva de sangue” diz Alberto Mota, presidente da FEPODABES. Também serve este dia para chamar atenção “que todos os hospitais devem fazer promoção e divulgação da dádiva de sangue mesmo sem colheita de sangue” realça o presidente. “Em todo o país a promoção da dádiva de sangue é feita por dirigentes voluntários das associações/grupos e núcleos de dadores de sangue”, acrescenta. “Em Portugal há 28 hospitais que colhem sangue, 12 hospitais que estão no programa estratégico de aproveitamento do plasma nacional, e os outros? Os hospitais é que são os grandes consumidores de sangue, por isso entendemos que todos devem promover a dádiva de sangue e não só os que colhem”, defende o presidente da associação.
A Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue também apela à “regulamentação do Estatuto do Dador de Sangue, aprovado em 2012, o qual nunca foi regulado e assim há várias medidas do mesmo estatuto que não estão a ser cumpridas” refere Alberto Mota. A FEPODABES volta a reivindicar que os dadores voltem a ter direito à dispensa laboral no dia em que realizam a dádiva, “porque todos os dias são necessárias cerca de 1000 a 110 unidades de sangue” diz Alberto Mota, possibilidade que lhes foi retirada em 2011, durante a presença da troika em Portugal. A Assembleia da República aprovou em 2012 o Estatuto do Dador de Sangue (lei nº 37/2012 de 27 de Agosto), mas manteve essa lacuna, deixando por resolver uma das questões que tem impacto directo no número de dadores.
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