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Domingo, Março 16, 2025

Ricardo Costa: “Vou estar envolvido nos projectos de forma séria”

Economia

Ricardo Costa citou mas não referiu, Pedro Chagas Freitas… “antes de tudo, sê boa pessoa”, um toque de humanismo no encerramento de mais um encontro sobre o território, realizado, ontem, à tarde, em Ronfe.

E que pretendia evidenciar que “podes ter ambição, deves ter ambição, mas não tens de pisar, não tens de magoar”

O candidato socialista, nas próximas eleições locais, aproveitou para salientar que “há sempre pessoas novas a participar”, nestes encontros, referindo depois Helena Chaves, ex-directora do Centro de Emprego de Guimarães, com quem tem uma proximidade de “mão cheia” e Hélder Guia, técnico municipal, no ‘Espaço Empresa’, responsável pelo diagnóstico feito sobre o concelho e que será apresentado na próxima sessão, no Teatro Jordão, num livro editado por Ricardo Costa.

Em jeito de resumo da sessão, destacou que “a cultura é muito mais do que economia”, afirmando até que ela é “indutora do desenvolvimento da comunidade”, uma oportunidade para destacar “o excelente trabalho do vereador da Cultura, Paulo Lopes Silva, no Bairro C”, também entre a assistência deste encontro.

Mais sobre o futuro, foi curioso ouvir “o não quero nada disto”… referindo-se “ao trabalho que aporta valor” – um desejo para o futuro profissional dos vimaranenses, recusando que “não quero que ninguém embrulhe caixas ou embale caixas”, como rotina, esperando que a robótica e outras tecnologias cheguem ao chão das fábricas.

E “porque o melhor do futuro é inventá-lo”, Ricardo Costa afirmou que “vou estar envolvido nos projectos de forma séria”, voltando a falar de “lideranças servidoras” ao serviço das pessoas e da comunidade.

A ideia é… “temos de fazer tudo acontecer e fazer acreditar”, como caso da regionalização do país, pois “urge” que cada território se afirme, substituindo a actual ordem administrativa, de “um Estado central e local que não tem sabido dar força à poli-centralidade em que assentam os territórios”.

Por isso, defende que “planear” é objectivo e tarefa, voltando a repetir que à frente da Câmara – se for eleito – localizará o ‘Espaço Empresa’ – actualmente instalado na Plataforma das Artes – por todo o concelho.

A dimensão do diagnóstico e do planeamento serão instrumentos fundamentais, nas linhas básicas “do projecto ambicioso” que vai propor aos vimaranenses, “e sem medo de decidir”.

“Deixar o parlamento foi uma decisão minha, tomada para além da decisão do Secretário-Geral do PS.”

Um remoque ao PSD… sobre a decisão de não se recandidatar a um novo mandato de deputado na Assembleia da República. “Deixar o parlamento foi uma decisão minha, tomada para além da decisão do Secretário-Geral do PS que aconselhou os candidatos às Câmaras a não participarem na lista de deputados”. Disse-o para acentuar que “o meu foco é – e sempre foi – Guimarães”. Não o referiu mas Ana Abrunhosa, candidata em Coimbra, seguiu este ditame de Pedro Nuno Santos, enquanto Alexandra Leitão, candidata em Lisboa, disse que não era bem assim…

‘Discutir Quem Somos’ deixou o que queremos ser, para o futuro. © Direitos Reservados

Já sobre ‘O desenvolvimento industrial, cultural e comunitário’, o mote deste encontro, o mesmo decorreu ao jeito de tertúlia e foi uma espécie de revisitação do passado cultural e industrial de Guimarães que deixa lastros ainda sobre a sociedade vimaranense actual.

Algumas ideias deixadas nas intervenções de José Bastos: “o papel da cultura no desenvolvimento local é um desafio enorme”; “seria fácil (ao Município) ficar ligado apenas ao património” como eixo cultural mas Guimarães descobriu que, afinal, “havia outra dimensão, a do imaterial” que era preciso abraçar, incluindo a fruição “do espaço público pelas pessoas” e o papel do associativismo.

Também o papel que o Centro Cultural Vila Flor desempenhou, acabou por valorizar e sustentar a prática e a programação cultural, mesmo sem apoios do Estado para a sua edificação; a CEC 2012 trouxe conhecimento, acrescentou pensamento e proporcionou a discussão da política cultural.

Não faltaram referências aos eixos da política cultural nos últimos três anos, distribuindo pela Câmara a função de realizar grandes eventos e proclamar efemérides; atribuiu um papel “mais profissional” à A Oficina na criação de programação; e, por fim, destacou os eventos do movimento associativo.

Considerando importante ter estratégia, e reconheceu que ela existe, plasmada num documento recente ‘Estratégia Cultural de Guimarães 2032’, recentemente levada à aprovação da Câmara pelo vereador Paulo Lopes Silva que mereceu unanimidade dos vereadores. 

Marta Mota Prego também olhou para trás, lembrando “o início do século e a raíz industrial de Guimarães”. Um retrato visto na lupa das “grandes empresas que marcaram o território como a Coelima e Somelos” e o “sentimento de pertença” que ostentavam à sua localização. Nesse tempo, essas empresas tinham um rasto de “motor financeiro da comunidade”, em áreas diferentes do seu objecto que “era também cultural, social e desportivo”.

Na última década e meia, ressaltou a proliferação de associações, com um dinamismo associativo que não resultou em nada, atribuindo a culpa ao “individualismo” dos empresários e à marca “familiar” das empresas que não foi suficiente para agregar o movimento empresarial.

“O eco-sistema foi crescendo – defendeu – mas permanece a dificuldade em reunir os players”, num corpo só. Espera que a nova geração protagonize “outra união” dos empresários vimaranenses.

“Mudar as mentalidades é a melhor forma de pensar o futuro.”

Numa abordagem de ideias soltas, Marta Mota Prego disse que “mudar as mentalidades é a melhor forma de pensar o futuro”, para com projectos colaborativos Guimarães ter mesmo “iniciativas empresariais mais emblemáticas com o apoio de políticas públicas nacionais e europeias”

Não chegou a utilizar o verbo “prospetar” pelo que o passado e a actualidade dominaram mais a conversa do que o futuro. Um futuro que veio da plateia, como necessidade, pois importa “olhar o território com outros olhos”, ouvir “o grito das pessoas”, escutar “as histórias dos nossos avós”, sentir “as dificuldades dos familiares”, com “o Município a assumir o verdadeiro papel de investidor do território” e ser menos “pagador de subsídios”, investindo nas organizações, tornando as CSIF’s – Comissões Inter-sociais das Freguesias – mais dinâmicas e mais interventoras nas dinâmicas sociais, como defendeu Alberto Fernandes.

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