O retrato da Mobilidade em Guimarães está à vista do cidadão. Mas Ricardo Araújo recorda-o, sem alterar as cores da sua evidência, prometendo soluções para o pós-eleições autárquicas de Setembro, se sair vencedor da pugna eleitoral que se sucede às Legislativas que escolherão um novo parlamento e um novo Governo.
Relembra “os constrangimentos crónicos” nos principais eixos rodoviários a partir da cidade e com ligação a Caldelas, Ronfe e Pevidém, a Moreira de Cónegos/Lordelo, onde há filas que atrasam a entrada e saída do centro de Guimarães.
Junta-se a variante de acesso à auto-estrada – a que falta uma segunda via para regular trânsito interno. Neste rol, o vereador do PSD fala “do trânsito congestionado na vila das Taipas”, acrescenta a via ferroviária de via única, remodelada em 2004, “a causadora do transporte lento”. Neste caldo de “constrangimentos”, ainda inclui a “perda do serviço Alfa, no tempo do Governo do PS”.
Como o transporte público não é alternativa ao transporte privado, eis Guimarães num contexto regional de periferia, quase isolado, com limitações para aceder a eixos ferroviários e rodoviários fundamentais às pessoas e às empresas.
Ricardo Araújo prolonga o ‘passa culpas’, entre PS e PSD que não resolve problema algum, desde a última via nova construída no território: uma circular interna decadente, ponto de passagem para Norte e Sul do concelho.
E alimenta as medidas e propostas que resolveriam esta situação, décadas depois de detectadas, assinaladas, registadas.
E acrescentam-se a soluções simples – nas entradas e saídas da cidade – soluções mais complexas para chegar a Braga por Metrobus, uma solução, também, defendida para ligar a Ronfe e Pevidém, a Moreira de Cónegos e Lordelo e às Taipas.
“Fazer num ano de mandato, o que o PS não fez em 10.”
Não faltam promessas, de “fazer num ano de mandato, o que o PS não fez em 10”, o de promover um acesso, em Brito, à auto-estrada para servir a zona das Taipas, uma solução para o Salgueiral – que a Câmara já está a remediar – projecto “com que nos identificamos” – clarifica o candidato.
Agora, Ricardo Araújo, vem propor um parque de estacionamento à entrada do Multiusos, uma espécie de “praça de transportes” que depois ligue à cidade, em modo suave, uma plataforma de cargas e descargas do transporte público.
E a melhoria da ligação ferroviária ao Porto – “algo complexo” para passar a via dupla – “um erro que há 20 anos não foi corrigido”.
Sobre o transporte público, Ricardo Araújo apresenta a medida de “fazer um forte investimento” na concessão do transporte público municipal, alargando a concessão, com mais quilómetros, mais horários e mais cobertura territorial.
Um caderno de encargos, com mais um milhão de quilómetros, ou seja mais 30% do que o previsto no actual contrato. Junta “a simplificação do acesso” aos autocarros verdes, comparando-o com Braga e Famalicão, propondo um passe único municipal de 10€ e utilização gratuita para jovens – este já decidido pelo Governo, para o país – e maiores de 65 anos.
O objectivo é “servir as pessoas”, tornando o autocarro fiável e aproximando-o das populações que, hoje, não são servidas pela Guimabus: de Castelões, Donim, Infantas e Mesão Frio (Paço Vieira), Rendufe e outras. E até uma linha para o AvePark, sem qualquer ligação directa.
Outro constrangimento é a relação entre a Ave Mobilidade e a Guimabus que não se interligam ou complementam. E a que se juntará, mais cedo ou mais tarde, o transporte flexível.
Para estas sugestões, o candidato do PSD falou de números… de passageiros transportados, comparou-os com os de Braga.
Concluiu que “o PS – Câmara e Governo – não conseguiu mudar este paradigma da mobilidade”, criticando ainda “a localização da estação de Alta Velocidade, em Braga, que se vai situar na zona de Barcelos, na zona mais contrária aos interesses de Guimarães”.
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