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Domingo, Abril 6, 2025

PS: presidente da Federação contestado e indesejado no processo da escolha dos deputados

Economia

A lista definitiva dos socialistas no círculo de Braga, foi levada à comissão política nacional. Não como muitas outras mas como resultado de desavenças num processo mal gerido pelo presidente da Federação, Victor Hugo Salgado.

A concelhia de Guimarães tem o quarto lugar na lista – e o indicado para o ocupar é Paulo Lopes Silva – tal como já tinha acontecido com Ricardo Costa.

No rescaldo desta escolha, fica o ambiente (desnecessário) criado na reunião de Segunda-feira, da Distrital de Braga, que colocava o deputado de Guimarães no quinto lugar, um desrespeito pelo estatuto da concelhia de vimaranense que é apontada como a primeira do país com maior número de militantes.

Victor Hugo Salgado saiu derrotado com a sua proposta cujo desfecho foi o chumbo num 31-38 desfavorável ao autarca de Vizela que nem sequer colocou a lista à apreciação do secretariado da Federação como é exigível. Nesse órgão, a concelhia de Guimarães tem três elementos: Francisco Teixeira, Joana Cunha e Sérgio Castro Rocha.

Mais grave: o processo utilizado pelo presidente da Federação – que também o é da Câmara de Vizela – tem laivos “de chapelada, chico-espertismo, fretismo, oportunismo e princípios autocráticos num partido republicano, laico e democrático”. Assim, o afirmam os seus apoiantes de ontem e adversários de hoje.

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Agora, com a lista a ter de ser submetida à aprovação do Secretário-Geral e da comissão política, Victor Hugo Salgado – uma escolha de Pedro Nuno Santos para a Federação – mostra ter ficado isolado e ligado aos desejos dos defensores da velha ordem socialista no distrito – de que o terceiro lugar que cabe a Braga é o exemplo mais flagrante – facto que perturba a unidade aparente em que o PS vive neste círculo eleitoral. 

Igualmente, ao provocar esta aprovação final – extraordinária – Victor Hugo Salgado, apóstolo da descentralização do Estado e das suas funções, ‘dá um tiro no pé’, levando para a Lisboa centralizadora uma decisão que deveria ser regional e imaculada. E mostrou ceder ao clientelismo partidário colocando no segundo lugar da sua proposta Hernâni Loureiro, de Barcelos e “amigo” de Pedro Nuno Santos – que acabou no sétimo lugar da lista. A “imposição” de Lisboa sobre o cabeça de lista – José Luís Carneiro, como na última eleição – uma cena mais desta “incompetência” política, subordinada à defesa de “interesses particulares”.

Nem sequer o respeito pelos lugares das Mulheres na lista, salva Victor Hugo Salgado que se preocupou mais em defender a deputada vizelense – Irene Costa – colocando-a em segundo lugar – que perdeu para uma socióloga de Vila Nova de Famalicão – Sandra Lopes – numa atitude clara de clientelismo político e partidário que não acrescentava nenhuma qualidade à lista distrital.

Este episódio é mais um sinal de como os partidos – nem sempre têm representantes democráticos para além das suas práticas – deixando que interesses particulares se sobreponham a interesses gerais.

Eis, a lista aprovada: José Luís Carneiro (quota nacional), Sandra Lopes (Vila Nova de Famalicão), Pedro Sousa (Braga), Paulo Lopes Silva (Guimarães), Irene Costa (Vizela), Hernâni Loureiro (quota nacional e Barcelos), Gilberto Anjos (Póvoa de Lanhoso), Isabel Costa (JS e Barcelos), Pompeu Martins (Fafe), Vânia Cruz (Vieira do Minho) e Nuno Barreto (Cabeceiras de Basto).

© 2025 Guimarães, agora!


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