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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Debate IDEGUI: articulação com empresas foi tema concordante

Economia

O debate, realizado ontem, assinalou os 10 anos do Instituto de Design de Guimarães. Com moderação do presidente do instituto, Paulo Cruz, os participantes concordaram que o futuro passa pela parceria com empresas.


O debate 10+10 que trouxe à conversa a reflexão sobre os primeiros 10 anos da instituição contou com a presença de António Cunha, presidente da CCDR-Norte, Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, o vice-reitor da Universidade do Minho, Luís Amaral, em lugar do reitor, Paulo Coelho Lima, CEO da Lameirinho e a designer Tânia Braga, alumni da Licenciatura em Design de Produto.

“As empresas, empresários e trabalhadores têm que perceber que o IDEGUI é para eles”.

Entre perguntas e respostas, todos os convidados concordaram que a articulação dos cursos do instituto com empresas é o “caminho a seguir”. “As empresas, empresários e trabalhadores têm que perceber que o IDEGUI é para eles”, reiterou o presidente da Câmara, Domingos Bragança.

O vice-reitor, Luís Amaral, expressou que, dados 10 anos do instituto, o sentimento é de “missão cumprida… quase”, justificando que não está totalmente cumprida por não haver uma forte “articulação com outras entidades”. O professor reforçou o que foi dito por Domingos Bragança, admitindo “culpa” por parte da Universidade.

Paulo Coelho Lima, CEO da Lameirinho e membro do conselho geral do IDEGUI, confessou que a presença do IDEGUI nas empresas “ainda é baixa” mas que acha “mais grave” os empresários não apostarem mais no instituto. Salientou que vê o Instituto de Design como “uma grande oportunidade para as empresas têxteis”. Para o empresário, o IDEGUI “devia estar dentro das empresas”, sublinhando que, mais que estágios, deveria haver aulas dentro das empresas e projectos sob a responsabilidade dos cursos em parceria com a empresa acolhedora.

Tânia Braga, ex-aluna que estreou o curso de Design de Produto, sugeriu, no contexto da articulação com as empresas, a criação de “cursos de pequena duração” que oferecessem formação especializada. Deu o seu exemplo pessoal em que a empresa para a qual trabalhava necessitava de alguém especializado numa área específica e, por isso, financiou a formação de Tânia.

Também António Cunha acredita que os próximos 10 anos do IDEGUI passem pela cimentação como “espaço de encontros e domínios de design e produtos”. O presidente da CCDR-Norte, que à data de criação do IDEGUI era reitor da Universidade do Minho, referiu que “o processo não está minimamente concluído” mas “está num bom caminho”.

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