O melhor estava reservado para o fim: emoção, competitividade, resultado incerto, oportunidades falhadas, Vitória aguerrido, disputando todas as bolas, merecendo os três pontos.
Pela primeira vez, os jogadores cumpriram o plano de jogo do seu treinador. Perderam o medo, não se incomodaram com os leões, jogaram como ele queria, de ‘olhos nos olhos’.
Não foi apenas um final feliz mas muito emotivo: Bruno Varela evitou que o Sporting tivesse veleidades de ganhar. Claro que também houve sorte. Mas o futebol é assim e cada jogo é um saco cheio de emoções.
Na primeira parte, já tinha havido futebol a sério. E nos últimos 20′ juntou a vontade de pontuar à de jogar. Ninguém pode esquecer facilmente, as emoções.
De novo, com jogadores jovens e com um treinador sem currículo, o Vitória quebrou mais uns tabus em que o futebol é fértil.
Hoje, a raça da equipa, a classe dos seus jogadores, o espírito de ganhar manteve-se no estádio até ao fim.
Depois de uma primeira parte viva, dois golos, tochas nas bancadas, indisciplina no relvado, decisões do árbitro a merecer contestação, o jogo pareceu ter adormecido.
Mas era apenas um momento porque depressa André Silva (73′) incendiou a partida com um remate de fora da área.
Jogava-se e também se cometiam erros. Por duas vezes, Nuno Santos (77′) apareceu sobre a esquerda, só e sem marcação. Rematou como quis e fez o 2-2.
© Vitória SC
Dani Silva entrou (79′) e um minuto depois faz o 3-2 numa jogada sobre a esquerda, culminando com um remate forte e colocado.
O estádio não caiu abaixo mas a emoção foi vibrante no banco da equipa, nas bancadas. Adrián Butzke (87′) só com Adán na frente, rematou para os pés da guarda-redes espanhol, colocando em causa um triunfo que em 4-2 seria mais claro do poder da equipa de Álvaro Pacheco.
O jogo acabou com a demonstração clara de que João Pinheiro não tinha poder para disciplinar a confusão que os bancos de suplentes, a entrada do túnel, o ‘abuso’ dos sportinguistas de reclamarem por tudo e por nada, como se fossem os únicos donos do futebol português.
Nas bancadas, infelizmente, as três claques usaram tochas e o fumo misturou-se com a chuva, adensando a atmosfera e dificultando a visão sobre o relvado, gestos que em nada mostram o seu amor pelos clubes.
O árbitro teve algumas decisões discutíveis. O defesa sportinguista Ousmane Diomonde toca com o braço em André Silva numa disputa de bola dentro da área; o Vitória reclamou obstrução no lance do golo. Foi peremptório em sancionar falta de Adán sobre André Silva dentro da área, lance do 1-1 que Tiago Silva (45’+2′) converteu.
João Pinheiro permitiu alguma indisciplina no relvado, algo que se repete no futebol português… E deixou que os suplentes do Sporting atingissem os apanha-bolas.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Jorge Fernandes, Borevkovic, Tomás Ribeiro, Miguel Maga, Tomás Händel (Manu Silva 99’), João Mendes (Nelson da Luz 79’), Tiago Silva (Dani Silva 79’), Ricardo Mangas, Jota Silva (Adrián Butzke 79’), André Silva (Zé Carlos 85’).
Amarelos: Ricardo Mangas (27’), André André (51’), Zé Carlos (89’), Manu Silva (94’).
Golos: Tiago Silva (45’+7’), André Silva (73’), Dani Silva (80’).
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