“Jota Silva não é um jogador qualquer”. Rui Borges, treinador do Vitória, na antevisão do jogo da segunda mão com o Floriana, não podia contornar esta saída, na véspera de mais um jogo europeu.
“O Jota foi um grande exemplo” – elogiou o treinador, reconhecendo o seu trabalho e dedicação ímpares. Agora, negócio consumado, Rui Borges, admitiu “estar preparado para encontrar novas soluções” para o ataque, pois, acredita que “vão aparecer mais Jotas”.
A mudança para o futebol inglês, de um jogador que era a evidência da equipa, não foi uma surpresa total para o treinador. Apenas o dia em que se consumaria essa mudança.
Interrogado se já tinha preparado o jogo a pensar que o Jota Silva não iria estar disponível, Rui Borges, confessou que “preparei o jogo com toda a gente”.
Na equipa do Vitória “todos os jogadores trabalham para ser opção” e, por isso, estava tranquilo sobre essa possibilidade.
“Estou feliz por ele, é um passo que ambicionava, merece por tudo o que lhe tem acontecido. Não o conhecia, mas ao fim do primeiro dia percebi o porquê de ter sucesso. O seu carácter, personalidade e a forma como se entrega ao trabalho, surpreendeu-me bastante. Não tenho dúvidas que terá muito sucesso noutras paragens” – confessou, ao mesmo tempo que garante que “jogaremos com 11 e isso deixa-me tranquilo” – confessou.
Estas vibrações do mercado, com interferência, no grupo, merecem apenas do treinador uma constatação: “os jogadores estão capacitados que o mercado é assim todos os anos”. E explica porquê, dando o exemplo de Jota Silva, “surpreendeu-me muito pela positiva, mesmo sabendo que podia sair a qualquer minuto, mas quem o visse trabalhar diariamente sentia que o empenho era surreal”.
“Vão aparecer outros Jotas, o futebol é isto mesmo.”
Acredita que vai chegar onde quer pela resiliência e carácter enquanto ser humano. “A equipa tem dado uma grande resposta. Não é só no Vitória, os jogadores estão todos à venda, o futebol é negócio. Estou preparado para treinar, sou contratado para treinar. Se gostava que saísse o Jota, claro que não, mas foco-me é no dia-a-dia e nos jogadores que tenho. Desejo o maior sucesso ao Jota, ele segue o seu caminho e nós seguimos o nosso. Vão aparecer outros Jotas, o futebol é isto mesmo”.
Mas, curiosamente, as novidades sobre entradas e saídas, na véspera do jogo europeu, acumulam-se. E o nome de Gustavo Silva, outro jogador do Nacional pode engrossar o plantel vitoriano. O treinador falou dele, sabendo de quem se trata mas não adiantou muito como quem sabe que é mais um reforço para a sua equipa.
E sobre o segundo jogo com o Floriana? Diz que “é subjectivo” falar de diferenças entre o primeiro e o segundo jogo desta eliminatória. Admite que “seremos mais intensos, a equipa vai sentir-se mais confortável diante dos nossos adeptos. Temos de respeitar um adversário que cria dificuldades com bloco baixo, teremos de ter alguma paciência. Vamos ter mais bola, temos de estar precavidos para os perigos de uma equipa forte no ataque rápido. Temos de estar equilibrados, focados e rigorosos”.
“Independentemente do adversário, passamos para os jogadores a ideia das dificuldades que podemos passar. Gosto muito de respeitar toda a gente. Nos jogos da Taça também há favoritos, depois os pequenos ganham aos grandes. Já estive do outro lado, sei como as equipas se motivam. Se entrarmos com confiança a mais, isso pode-se pagar caro. O grupo teve um dissabor na época passada, isso serve de exemplo, mantém o grupo ligado. O nosso grupo é competitivo, quer ganhar, é para isso que trabalhamos todos os dias” – afirmou sobre quem é o favorito nesta eliminatória.
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