Rui Borges espalha o seu sorriso mas contém as emoções que está a viver nesta Conference League, na estreia do seu percurso europeu.
Consciente de que no futebol, o tempo passa muito depressa, o treinador controla os sentimentos e fala com a razão.
A razão que o levou a substituir mais de meia equipa, numa rotatividade que é a sua forma de gerir o plantel e com a qual só não teve sucesso no jogo com o Boavista Futebol Clube.
Oito triunfos em jogos europeus, é obra? Claro que é… mesmo que a competição seja a terceira da UEFA. No entanto, nesta Liga – cujos benefícios são evidentes para o futebol europeu – também passam clubes de outra dimensão, como a Roma, de José Mourinho, ou a Fiorentina, nesta época.
E esses triunfos valem um recorde? Claro que sim, não vale a pena desvalorizar o feito nem o seu grau. É um marco, numa das provas europeias da UEFA.
Porém, o treinador com a sua humildade, reconhece o “orgulho” que representa para o clube, para os seus adeptos, para a equipa, jogadores, e todo o staff que “diariamente trabalha e merece ter esses recordes”.
Há um segredo guardado para este êxito? Se calhar… mas há mais trabalho, mais estabilidade, mais ambição que se encoberta “no espírito de equipa”. E resulta das suas características próprias de se ter tornado numa “equipa competitiva”. E cujos jogadores tinham a noção “daquilo que ia ser exigido num jogo com bom ambiente, num campo difícil, sintético”. E obviamente no que tem exigido ao longo desta prova.
“Não fugimos à nossa maneira de jogar, a querer sair com bola, com critério e qualidade.”
Explica Rui Borges que “o adversário estava a tentar perceber como nos podia ferir. Foi também prático. Em alguns momentos, não fugimos à nossa maneira de jogar, a querer sair com bola, com critério e qualidade. Expusemo-nos em alguns momentos a transições ofensivas. Conseguimos anulá-las”.
Agora, missão cumprida e já depois do jogo, a análise de alguns momentos e das nuances do mesmo face ao posicionamento de cada equipa. Rui Borges, dá conta de que o factor unidade e proximidade era nuclear nesta partida. Sublinha: “era importante estarmos muito perto uns dos outros como equipa. A adaptação ao sintético levava-nos, em alguns momentos, a não ser tão rápidos nas reacções. Quanto mais juntos estivéssemos, melhor”.
Por fim, o que alimenta a alma da equipa é o seu espírito. Reafirma: “é fantástico”. E reforça que “muitos jogadores que não têm jogado deram uma resposta fantástica. Se não tivesse ganhado hoje, era o pior treinador do mundo por ter mexido muito. Como ganhei, vão dizer que sou um bom líder. Sei o que os jogadores trabalham todos os dias. Fiquei feliz pela resposta de todos eles. Estes jogadores (que entraram) merecem isto, por tudo o que têm dado aos que têm jogado mais. Temos de ver que temos jogos muito seguidos. Este envolvia um relvado sintético e duas viagens de avião com quatro horas”.
Foto © Vitória SC
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