Teve o jogo na mão na primeira parte: mais tempo na intermediária do FK Mladá Boleslav, mais remates à baliza de Matous Trmal, muitos mais cantos.
Porém, só Tiago Silva tinha a chave do resultado. Fez um primeiro remate (30’) à barra e depois concluiu a grande penalidade (40’), cometida por Fulnek sobre Kaio César.
A equipa checa teve uma grande oportunidade quando Fulnek dentro da área com Bruno Varela pela frente não conseguiu melhor que um pontapé de canto. Na sequência desse canto Králik obrigou o guarda-redes do Vitória a uma defesa por instinto, uma situação que colocaria o Mladá Boleslav em situação de igualdade se houvesse golo.
O Vitória fez por merecer a vantagem de um golo ao intervalo. Foram bastantes os remates visando o golo. Uns sairam por cima, outros ao lado e a maioria parou nas mãos de Trmal – o ex-guardião vitoriano que actua agora no adversário, de hoje, do Vitória.
Rui Borges voltou a alterar o 11 inicial, mudado com a entrada de seis jogadores, depois do jogo com o Moreirense.
Já na segunda parte, o Vitória voltou a encher o campo pressionando, rematando, elevando as possibilidades de ganhar por mais de um golo.
Óscar Rivas (59’) haveria de dar outra expressão ao domínio que foi mantendo sobre o Mladá Boleslav, tentando resolver o jogo.
Curiosamente, os checos dariam um ar da sua graça começando a surgir mais perto de Bruno Varela. Falharam a primeira tentativa mas aproveitaram a segunda num lance absurdo em que Kusej (71’) apareceu a disputar a bola com Toni Borevković e a bater com êxito Bruno Varela.
O Vitória voltou a sentir a intranquilidade deixando a equipa checa ser mais atrevida, conseguindo mais cantos e mais remates, perdendo ‘infantilmente’ a bola.
Os dois golos marcados que davam ainda a vantagem pareciam não chegar e a equipa sucumbia à pressão adversária que ganhou coragem para desfazer o 1-2, aproveitando a indefinição do Vitória a perder a boa imagem no jogo.
Encorajou mesmo os checos, apoiados por cerca de duas dezenas de adeptos, a criar lances que lhe poderiam dar a igualdade quando o final do jogo se aproximava do fim. Nem as substituições pareciam tranquilizar a equipa.
Já em tempo de descontos, Nélson Oliveira, numa jogada com Gustavo Silva, deixou Trmal negar o 3-1 e manter o suspense sobre o resultado final.
Notas salientes:
- Óscar Rivas, chegado esta época ao Vitória, fez a sua estreia no jogo de hoje. Uma exibição segura – nunca comprometeu – ‘pincelada’ com um golo, na sequência do canto de Tiago Silva, num remate certeiro com a velocidade de uma flecha;
- Tiago Silva, abriu o marcador, apontando com êxito uma grande penalidade. Ainda rematou à barra e ofereceu a Jesús Ramírez uma oportunidade para marcar, negada por Trmal;
- Trmal regressou a Guimarães para jogar na equipa adversária. Mostrou a sua qualidade adiando e negando golos aos avançados, merecendo os aplausos dos adeptos do Vitória;
- Kaio César e Telmo Arcanjo foram autênticos trabalhadores mas não marcaram. Os golos dariam à sua exibição o lustro que merecia, pelos inúmeros remates que fizeram, muitos a fazer a bola parar nas mãos de Trmal;
- Nélson Oliveira e Gustavo Silva tiveram nos pés o que seria o golo da tranquilidade mas desperdiçaram esse ensejo, repetindo o 2-1 da Suécia;
- Foram 12.941 espectadores que assistiram ao nono jogo europeu, que dá um reforço do recorde da equipa nesta prova com o triunfo em todos os jogos até agora disputados.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Bruno Gaspar, Óscar Rivas, Toni Borevković, João Miguel Mendes, Manu Silva, Tiago Silva (Tomás Händel 63’), João Mendes (Nuno Santos 84’), Kaio César (Gustavo Silva 63’), Telmo Arcanjo (Zé Carlos 71’), Jesús Ramírez (Nélson Oliveira 85’).
Amarelos: Bruno Varela (64’).
Golos: Tiago Silva (40’), Óscar Rivas (59’).
Foto © Vitória SC
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