No futebol, também há decisões administrativas que confirmam resultados, escolhem finalistas das provas. O Vitória voltou a jogar sem medos, no estádio Municipal de Braga. Algo que se repete pela segunda vez, esta época.
E voltou a marcar primeiro com mais um golo bonito de Nuno Santos. Mas a sua defesa foi incompetente na abordagem do lance do empate em que Niakaté se limita a empurrar a bola para o fundo da baliza. Charles Silva ficou só com dois jogadores adversários à sua frente e não se percebe porque é que a defesa se adiantou sem haver sinais de possível fora de jogo.
Depois deste equilíbrio que nenhuma equipa desfez, dada a qualidade de ambos os plantéis e sistemas de jogo dos treinadores, só havia uma solução: recorrer ao árbitro para decidir sobre o vencedor do jogo.
Fábio Veríssimo em vez de juíz tornou-se parte deste processo. A sua decisão mascarou a realidade, puniu com uma falta grave uma mera disputa de um lance à ‘boca da baliza’.
E fê-lo com agravantes várias: colocou o Vitória a jogar com 10 ao exibir cartão amarelo a Toni Borevković – fica penalizado para o jogo com o Moreirense e decide que o Braga se deve manter em prova. Uma decisão sem recurso nem apelo.
Fábio Veríssimo portou-se como um ‘tarefeiro do apito’, em campo, com a missão clara de colocar o Braga na fase seguinte. E teve a cumplicidade do “melhor árbitro português” sentado num sofá, a desvirtuar imagens porque a televisão não mente nem desfoca as imagens que não oferecem qualquer dúvidas a milhões de espectadores.
Mais uma vez – e isso parece importar pouco aos dirigentes nacionais dos órgãos competentes – também habituados a ver futebol no sofá e a olhar para o lado quando os grandes só o são quando sofrem ajudas claras… um sinal de que, no futebol, não se aplica claramente a lei da concorrência, um princípio sagrado da União Europeia desvirtuado por agentes menores do futebol português.
Infelizmente, a história do jogo é esta, não foi desfeita, depois da igualdade e pela vontade ou arte – e mesmo surpresa em que o futebol é fértil – dos jogadores. Foi-o por duo de homens vestidos de negro para quem o Halloween é todos os dias e não apenas na noite do 31 de Outubro…
Hoje e amanhã, tudo vai continuar na mesma. Ou talvez não porque a justiça desportiva pune os mais fracos para proteger os mais fortes. E a indignação vitoriana pode vir a ser penalizada pelos doutores do futebol que não se inibem de decidir vestindo as suas togas vermelhas, azuis ou verdes.
O Vitória alinhou com: Charles Silva, Alberto Baio, Toni Borevković, Mikel Villanueva, João Miguel Mendes, Tiago Silva, Tomás Händel (Manu Silva 75’), João Mendes (Samu Silva 66’), Kaio César (Tomás Ribeiro 75’), Nuno Santos (Bica 82’), Nélson Oliveira (Jesús Ramírez 82’).
Amarelos: Tomás Händel (12’), Charles Silva (18’), Toni Borevković (45’ e 69’), Mikel Villanueva (62’), Alberto Baio (76’).
Vermelhos: Toni Borevković (69’).
Golos: Nuno Santos (10’).
Foto © Vitória SC
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