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Quarta-feira, Dezembro 18, 2024

Vitória: derrota com o Porto foi uma questão de competência

Economia

O Vitória falhou mais oportunidades do que as que marcou; o Porto marcou todas as que dispôs. Por aí se mede a competência e eficácia das equipas em relação aos golos, que ditam resultados e fazem campeões.

Diga-se ainda que o Vitória não perdeu pela atitude dos jogadores, nem pela estratégia do treinador, num jogo em que teve um comportamento meritório – melhor na primeira parte, mais frouxo na segunda. Os golos que faltaram resultam dos remates que Diogo Costa defendeu e se opôs com mérito, às tentativas de Jota Silva, João Mendes, Dani Silva e Ricardo Mangas.

Com Manu Silva no banco – o treinador preferiu Borevkovic – o Vitória quase com o mesmo 11, quis disputar o jogo numa noite de chuva que não influenciou o jogo.

A estratégia de Álvaro Pacheco assentou numa base simples: a equipa jogava de forma muito consistente, beneficiava da profundidade de Jota Silva, aparecia regularmente isolado, rematando mas deixando Diogo Costa impedir a bola de chegar à baliza; o que estava em campo, era um Vitória sem medo, a mandar no jogo, a sair bem para o contra-ataque mas a estender a ineficácia dos remates a Ricardo Mangas e a João Mendes.

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Mas, a não concretização em golo, das oportunidades havidas, justifica o resultado a favor de um Porto mais frio que consolidou o triunfo na segunda metade, com um golo bonito de Francisco Conceição.

Para o Vitória, este foi um jogo de oportunidades perdidas pois a vantagem de um golo, marcado por André Silva (17’), através de uma grande penalidade, seguida de recarga, era pouco para o que foi produzido. Mas a eficácia também se mede pela qualidade do plantel que oscila em vários vectores essenciais no futebol, ora marcando em excesso quando não é preciso, ora falhando quando havia necessidade de marcar.

Até ao golo do Porto – obtido num cruzamento que colocou a bola no segundo poste, na cabeça de Zaidu (39’), que disputou o lance com Miguel Maga à ilharga – viveu-se uma euforia vitoriana, justificada, e consubstanciada em golos, com uma exibição de bom nível e bem agradável. Depois foi o afrouxamento nos 45’ complementares com o Porto a pressionar e também a desperdiçar, pese o 2-1 construído perto da hora de jogo, com um remate excelente do filho do treinador.

Esta foi a melhor resposta, a uma reacção que era natural, pois o empate não servia os interesses de uma equipa que luta pelo título. Bruno Varela foi colocado perante alguns desafios que resolveu com excepção daquele remate do esquerdo portista. 

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Houve perda de eficácia da equipa vitoriana que se entregou ao jogo, de forma abnegada. Dani Silva (78’) rematou de longe obrigando Diogo Costa a mais uma excelente defesa, junto ao relvado.

O jogo registou outras situações de sobressalto defensivo com os portistas a tirarem partido das substituições efectuadas, ensaiando sistemas de contra-ataque; e ao invés, as mudanças na equipa de Álvaro Pacheco nada acrescentaram ao desempenho do conjunto vitoriano.

O jogo com 21353 espectadores decorreu com incidentes durante o jogo, para além das habituais trocas entre claques e dos petardos da bancada portista que continuam a incendiar bancadas.

O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Jorge Fernandes, Borevkovic, Tomás Ribeiro, Miguel Maga (Zé Carlos 83’), Dani Silva (Nuno Santos 88’), Tomás Händel, João Mendes (Adrian Butzke 72’), Ricardo Mangas, Jota Silva, André Silva (Nelson da Luz 88’).

Amarelos: Dani Silva (27’), André Silva (72’), Jota Silva (95’).

Golos: André Silva (17’).

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