Há pormenores que explicam o resultado e o triunfo dos encarnados em Guimarães: a objectividade, oportunidade e eficácia na decisão do último remate.
Vangelis Pavlidis (21’ e 84’) evidencia-se como o homem da área aparecendo para o toque final no primeiro e no terceiro golo e Álvaro Carreras (77’) exibiu o seu talento numa descida até à baliza de Bruno Varela, pelo lado esquerdo, ‘disparando’ com força e colocação.
O que parecia um jogo equilibrado, tornou-se num pesadelo para um Vitória combativo, que fez um jogo vistoso, entrou quase a matar no início da partida com Telmo Arcanjo (1’) a falhar à frente da baliza com um remate ao lado a escassos metros de Anatoliy Trubin.
O Vitória mostrou-se voluntarioso, disputou o jogo mas não concretizou nenhum dos inúmeros remates que fez à baliza encarnada e que daria para contar outra história.
Apesar do susto que foi criando na área contrária, do respeito que incutiu na equipa de Bruno Lage, a verdade é que a equipa de Luís Freire foi vencida pela eficácia, o pragmatismo e a disciplina táctica do seu adversário.
O alicerce do triunfo encarnado assenta no modo como o Benfica soube fugir do equilíbrio instável que lhe proporcionava o 1-0 beneficiando de um Vitória que tentou mudar o resultado até ao final do jogo.
O Vitória saiu de cabeça erguida mais pela exibição do que pelo resultado. Os três golos que sofreu são mais mérito do ataque encarnado do que por erros defensivos, mesmo tendo em conta que Bruno Varela com duas defesas incompletas permitiu dois golos a Pavlidis, um verdadeiro ‘rato’ da área.
Regista-se que a equipa vitoriana esteve mais perto do golo, precisamente no minuto inicial da partida quando Telmo Arcanjo atirou ao lado.
Apesar da chuva e do vento que fustigou Guimarães durante a tarde, a partir dos 13’ o mau tempo acabou não importunando os jogadores que contribuíram para a qualidade do espectáculo. E para uma presença de 23.341 espectadores.
Bruno Lage ganhou a Luís Freire na invencibilidade que ambos disputavam neste jogo: o treinador encarnado continuou invicto, pela quarta vez, no D. Afonso Henriques e Luís Freire perdeu pela primeira vez nos jogos em casa.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Miguel Maga (Bruno Gaspar 81’), Mikel Villanueva, Filipe Relvas, João Miguel Mendes, Tiago Silva (Samu Silva 81’), Tomás Händel, Telmo Arcanjo (Vando Félix 81’), João Mendes, Gustavo Silva (Nuno Santos 56’), Nélson Oliveira (Jesús Ramírez 45’).
Amarelos: Mikel Villanueva (52’), Samu Silva (82’).
Foto © Vitória SC
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