O que está a acontecer à equipa do Vitória é colocar-se na frente do marcador e depois sofrer com a vantagem, tremendo a cada reacção posterior do adversário.
Este paradoxo foi explicado pelo treinador vitoriano no final do jogo com o FK Mladá Boleslav. E decorre do facto de a equipa não concretizar todas as oportunidades que vai tendo durante o jogo.
Mesmo em vantagem, os jogadores do Vitória lembram-se demasiadas vezes do “quem não marca sofre”, facto que os iniba a manter a supremacia no jogo, cedendo à pressão do adversário que procura mudar o curso do resultado.
Justifica que, neste jogo com os checos, o bloco baixo do adversário era igual a uma muralha que era difícil de quebrar. “Tentámos muitas bolas para as ‘costas’ do adversário. Demorámos muito tempo a circular a bola. Controlámos a primeira parte. O Mladá Boleslav tentou sair em transição. Não fomos tão agressivos no último terço” – admitiu.
Mesmo entrando bem na segunda parte, o treinador considerou que “fizemos um jogo bom nesse período”. Mas depois “começámos a criar instabilidade a nós próprios”.
“Temos de mudar isto” – reconheceu, ao jeito de um grito de revolta, porque essa quebra no rendimento da equipa tem-se sentido nos últimos jogos e, sobretudo, nos da Liga Portugal têm dando perda de pontos.
A reacção da sua equipa, uma relação difícil entre a capacidade demolidora que empurra o adversário para a sua intermediária, inverte-se quando o adversário procura mudar o resultado, mínimo, tentando alcançar a igualdade.
“Ficámos intranquilos por culpa nossa, mas, no final, soubemos sofrer.”
O que se viu depois, foi que “o jogo ficou partido, com bolas para um lado e para o outro e o nosso adversário tinha jogadores bons nas transições, com velocidade”. Revelou que “os últimos 30 minutos foram sofríveis, mesmo com algum mérito do adversário. Ficámos intranquilos por culpa nossa, mas, no final, soubemos sofrer”.
Sobre a eficácia da equipa, Rui Borges disse que “podíamos ter feito mais golos”. Explicou que “os jogadores falham porque tentam. Não finalizámos da melhor forma e sofremos o 2-1 numa má abordagem. Não podemos sofrer golos desta forma a este nível. Poderíamos ter sido mais práticos e objectivos. Tínhamos de ser mais inteligentes e maduros”.
Salientou a estreia de Óscar Rivas, um activo mais para a equipa: “O Óscar fez um grande jogo. Mereceu esta oportunidade. Tem feito um crescimento contínuo. Na época passada, fez 32 jogos na II Liga espanhola, numa equipa que jogava com três defesas. Esperou pela oportunidade e esteve muito bem. Tem de continuar a trabalhar para jogar, como os colegas”.
Sobre o futuro do Vitória Sport Clube na Conference League que vai de ‘vento em popa’, Rui Borges, mesmo sempre a ganhar não fica “tranquilo com o facto de termos nove pontos. Ainda não ganhámos nada. Era importante ganhar e fazer os pontos suficientes para o play-off, segundo as estimativas. Ainda vamos ter duas deslocações e receber uma grande equipa. Se temos nove pontos, queremos chegar aos 12, mas, para isso, temos de trabalhar muito” – concluiu.
Foto © Vitória SC
© 2024 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.