A Universidade do Minho apresenta ao público esta Quarta-feira, dia 23, às 18h00, no Arquivo Distrital de Braga, o arquivo doado por Victor de Sá, precursor da moderna historiografia portuguesa e defensor da democracia.
A inauguração acontecerá no Arquivo Distrital de Braga (ADB), no centro da cidade, às 18h00 e ficará patente até 16 de Dezembro, sendo a entrada livre.
A sessão contará com intervenções da vice-reitora para a Cultura e Sociedade da Universidade do Minho, Joana Aguiar e Silva, do director do ADB, António Sousa, e do antigo director da Biblioteca Pública de Braga (BPB), Henrique Barreto Nunes e de Ana Sandra Meneses, técnica superior do ADB.
A mostra insere-se nas celebrações do centenário do nascimento de Victor de Sá, que também cedeu à Universidade do Minho uma verba para criar um Prémio de História Contemporânea, o qual soma 31 edições anuais e é o mais prestigiado do país para jovens investigadores da área.
Victor de Sá doou o seu acervo biblioteconómico e arquivístico à Biblioteca Pública de Braga, tendo há cerca de um ano sido transferida a documentação do seu espólio para o Arquivo Distrital Braga, também uma unidade cultural da Universidade do Minho.
A colecção atravessa a vida do homenageado, evidenciando a sua actividade de historiador e de intervenção cultural, social e política. Sobressaem os seus inúmeros apontamentos e notas e a vasta correspondência trocada com as figuras das várias épocas e actividades em que esteve presente.
É esta documentação que é agora apresentada, disponibilizando-se ao público a sua descrição arquivística e o acesso à consulta dos documentos. O início da disponibilização de reproduções digitais de parte dos documentos está previsto a breve prazo.
Sobre Victor de Sá
Victor de Sá destacou-se desde cedo em termos cívicos e foi preso oito vezes pela PIDE. Presidiu a associação de estudantes do Liceu de Braga, o Sindicato dos Caixeiros e criou a Livraria Victor – Centro Cultural do Minho e a Biblioteca Móvel (antes da Gulbenkian).
Licenciou-se em Coimbra e doutorou-se na Sorbonne (Paris), mas só pôde leccionar após o 25 de Abril, nomeadamente na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e na Universidade do Minho.
Dirigiu ainda o jornal Correio do Minho e presidiu à Comissão de Cultura e Ambiente da Assembleia da República, sendo o primeiro deputado eleito pelo PCP pelo círculo de Braga. Em 1990, foi condecorado com a Comenda da Ordem da Liberdade.
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